A declaração do pastor Tim keller foi feita durante a Conferência Virtual anual Q 2020, nos EUA. Para ele, as igrejas terão que cortar gastos para ajudar os necessitados após pandemia
Durante uma recente entrevista com Gabe Lyons na Conferência Virtual anual Q 2020, Tim Keller, pastor da Igreja Presbiteriana Redeemer, em Nova York, EUA, disse que a pandemia de coronavírus trouxe “danos multidimensionais”, tanto sociais quanto econômicos. E que por conta disso, as igrejas terão que reduzir gastos para ajudar os mais necessitados.
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“As instituições cristãs serão confrontadas com a necessidade de fazer mais com menos”, afirma.
O alerta do pastor foi relacionado ao que presenciou em sua igreja depois do 11 de setembro, em 2001. Ele contou que a Igreja Redeemer tinha 25% mais pessoas e 25% menos de renda.
“O número de pessoas e as necessidades expandiram-se enormemente. E como muitas pessoas perderam o emprego e deixaram a cidade, a arrecadação estava tendo um déficit enorme. É exatamente a mesma coisa agora: todas as igrejas que conheço estão dizendo a mesma coisa. Temos muito mais necessidades e menos recursos para fazer isso. ‘E isso significa não apenas uma nova abordagem para a administração, mas pensar no que você gasta seu dinheiro“, afirma.
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Keller atua como presidente da Redeemer City to City. E ajudou a iniciar mais de 500 igrejas em dezenas das cidades mais influentes do mundo. Ele disse que o período entre o isolamento e a disponibilidade de uma vacina contra o coronavírus será um “período intermediário”.
“Não sei como será. Tudo o que posso dizer é que serão necessárias duas coisas: um pensamento inovador e mais networking com conversação”.
Com o período de incerteza e prejuízos econômicos Keller alertou. “A igreja terá que gastar menos dinheiro consigo mesma, isto é, com seus próprios programas, e mais dinheiro com as pessoas carentes. E a única maneira de fazer isso será cortar as coisas que estão fazendo agora. O pastor terá que sacrificar parte do seu salário como uma maneira de garantir que a igreja seja capaz de atender às necessidades da sua comunidade. Mas a liderança acontece sempre com inovação e sacrifício. E nós vamos ter que fazer as duas coisas nos próximos um ano ou dois”.
Oportunidade para o Evangelho
Keller apontou que o vírus “sacudiu” o orgulho humano e causou ansiedade nas pessoas. Com a tragédia, mais pessoas estão dispostas a ouvir uma pregação do evangelho.
“Isso é tudo. É temporário, desaparece, francamente, com bons tempos. Mas você realmente tem cerca de 10 ou 20% mais ouvidos abertos, e só precisa estar mais confiante para chegar lá e dizer as coisas”, explicou.
Ainda assim, o teólogo, palestrante e autor disse que não está otimista em relação à mudança permanente da cultura como resultado do vírus. “Os cristãos ainda vão precisar encontrar novas maneiras de formular a verdade cristã de uma maneira que se conecte à cultura, mas não o faça, não se comprometa com isso”.
Com The Christian Post via Comunhão