Jeff Bezos, proprietário do Washington Post e fundador da Amazon, teria instruído o jornal a incluir mais colunistas conservadores em sua seção de opinião, conforme revelado por um relatório do The New York Times. A decisão visa atrair um público mais variado, especialmente entre leitores com inclinações à direita, ampliando a base de leitores do veículo.
Atualmente, Bezos ocupa a segunda posição na lista dos mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 211 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index. Entretanto, ele ainda não se manifestou publicamente sobre a controvérsia gerada por sua decisão de impedir que o Washington Post endosse Kamala Harris como candidata à presidência.
Marty Baron, ex-editor-executivo do jornal durante a aquisição por Bezos em 2012, criticou a ação, descrevendo-a como um sinal de “covardia”. A medida foi particularmente impactante para a equipe do Post, que estava pronta para publicar um artigo de apoio a Harris, decisão que acabou sendo vetada por Bezos e que quebrou uma tradição de 36 anos do jornal de apoiar candidatos em períodos eleitorais.
O ex-jornalista Robert Kagan, que deixou o Washington Post em resposta à decisão, comentou: “Este é claramente um movimento de Jeff Bezos para agradar a Donald Trump, antecipando uma possível vitória dele.” Além disso, o Los Angeles Times também se viu em meio à controvérsia, tendo bloqueado uma declaração de apoio a Harris, o que resultou na renúncia de alguns membros da equipe editorial.
Com Revista Oeste