O psicólogo canadense Jordan Peterson, mundialmente famoso por se impor contra o uso de pronomes neutros e questionar posições “politicamente corretas”, está sendo punido pela entidade de classe — o Colégio de Psicólogos de Ontário (CPO) — por publicações em sua conta pessoal no Twitter.
Em uma sequência de posts feita na tarde desta terça-feira, 3, Peterson escreveu que o CPO está exigindo que ele se submeta “a um retreinamento obrigatório de comunicação em mídia social com seus especialistas”. Eventual recusa poderia ensejar a perda da licença e a proibição de exercer a profissão de psicólogo.
O motivo, segundo ele: compartilhar um tuíte do líder do Partido Conservador do Canadá, deputado Pierre Poilievre, e criticar o primeiro-ministro Justin Trudeau e seus aliados.
Na publicação desta terça-feira, Peterson informa que o procedimento no conselho é sigiloso e não mencionou o conteúdo das postagens censuradas. “Devo fazer um curso desse treinamento (com relatórios documentando meu ‘progresso’ ou enfrentar um tribunal pessoal e a suspensão de meu direito de operar como psicólogo clínico licenciado”, escreveu.
Segundo o psicólogo, entre mais de 15 milhões de seguidores, “cerca de uma dúzia de pessoas” apresentou reclamações sobre declarações públicas no Twitter e no podcast de Joe Rogan relativas a um período de quatro anos. Os denunciantes alegaram que Peterson havia “prejudicado as pessoas (não elas) com minhas opiniões”. Entre os queixosos, disse o psicólogo, nenhum é ou foi seu paciente.
Para Peterson, autor de 12 Regras para a Vida, esse tipo de censura pode pôr toda a sociedade em risco, à medida que cria uma cultura de medo de falar a verdade. “Canadenses: seus médicos, advogados, psicólogos e outros profissionais agora estão tão intimidados por seus senhores comissários que temem dizer a verdade. Isso significa que seus cuidados e assessoria jurídica se tornaram perigosamente não confiáveis.”
Ele finalizou a sequência de tuítes afirmando que enfrenta “desgraça pública, reeducação política obrigatória, audiência disciplinar e perda potencial de minha licença clínica”, simplesmente por concordar com o líder da oposição e criticar o primeiro-ministro.
Com FaithWire