Da Redação JM Notícia
Durante a greve dos professores municipais em 2017, a Prefeitura de Palmas, na época administrada por Carlos Amastha (PSB), resolveu descontar os dias de paralisação na folha de pagamento dos professores.
Foram 22 dias de greve, levando os profissionais da Educação a perderem mais da metade de seus honorários. Alguns servidores receberam vencimentos tão baixo, que precisaram de ajuda para sustarem suas casas nos meses seguintes.
Na época, circulou pela internet o holerite de um professor de 40 horas semanais com o salário de R$ 2.298,80 para 30 dias trabalhados. Com o desconto dos 20 dias de greve, mais outros descontos, o salário líquido do profissional foi de R$ 0,31 (trinta e um centavos).
Diante disso, o vereador Diogo Fernandes (PSD) enviou à prefeita Cinthia Ribeiro um ofício onde pede que o os valores descontados sejam repostos, pois a greve é um direito constitucional de todos os trabalhadores. O ofício foi entregue ao secretário de Relações Institucionais, Eduardo Mantovan.
“A greve é um direito constitucional dos trabalhadores em geral do nosso país, seja da iniciativa privada ou pública, puni-los por tal pratica é o mesmo que desconsiderar os preceitos fundamentais da nossa lei maior e atentar contra o estado democrático de direto, assim esse pleito se faz necessário e imediato”, diz o vereador no documento.
Os professores entraram em greve buscando o recebimento das progressões, das titularidades, dos retroativos, da data-base, além da eleição de diretores, do direito de reposição e do não corte do ponto.
Ao comentar sobre o ofício, o vereador Diogo Fernandes acredita que será ouvido pela prefeita. “A gestão da Prefeita Cinthia parece estar muito mais sensível com a categoria dos nossos professores, isso me deixa feliz, porque nosso futuro passa pelas mãos desses profissionais tão massacrados pela gestão anterior”, disse. Diogo ainda declara que está confiante em dias melhores para Palmas.