A presidente Dilma Rousseff (PT) adotou uma nova estratégia em suas tentativas de se livrar da crise política e econômica que assola o país, e ressuscitou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, apelidado de “Conselhão”, incluindo representantes evangélicos e da Igreja Católica.
A reunião do Conselhão acontecerá nesta quinta-feira, 28 de janeiro, com a presença de nove ministros de Estado: Jaques Wagner (Casa Civil), Valdir Simão (Planejamento), Nelson Barbosa (Fazenda), Kátia Abreu (Agricultura), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Alexandre Tombini (Banco Central), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Aloizio Mercadante (Educação), segundo informações do G1.
Dentre os representantes sociais, estão o bispo anglicano dom Flavio Borges, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), e o bispo-auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Mol. Ambos integram as alas progressistas de suas respectivas denominações, alinhados com as propostas e ideologias dos partidos de esquerda.
O CONIC não é reconhecido pelo lideres evangélicos do país, como uma denominação evangélica, pois além de ser formado pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Metodista, mesclando diferentes tradições históricas, não possui nenhum representante de importantes denominações, como Presbiteriana, Batista ou Assembleia de Deus.
De acordo com informações do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, as propostas de Dilma para reativar a economia repetem a estratégia de anos atrás, com “medidas de concessão de crédito”, que levaram o país à atual situação.
“Nelson Barbosa [ministro da Fazenda], […] falará por vinte minutos. A dupla Kátia Abreu [ministra da Agricultura] e Armando Monteiro [ministro do Desenvolvimento] usará dez minutos cada um para mostrar os planos para o comércio exterior. E, finalmente, Valdir Simão, do Planejamento, fará um breve relato sobre a reforma administrativa. Deve também levar aos conselheiros uma proposta de teto para os gastos de cada ministério”, informou Jardim.
A ideia é que o Conselhão ganhe ares de representatividade popular e sirva para acalmar o mercado: “O Palácio do Planalto está apostando alto no encontro de amanhã. Quer que seja o lance inicial para a volta de uma agenda minimamente positiva na área econômica. É mais do que improvável que isso ocorra, no entanto. Paralelamente, o governo quer movimentar a tal agenda positiva fora do Conselhão. Hoje, por exemplo, o Ministério da Fazenda deve apresentar um plano para medir a eficiência dos gastos públicos nos programas sociais”, concluiu o jornalista. Com informações Gospel Mais