Os deputados do Tocantins aprovaram na tarde desta quinta-feira (17) um projeto de lei que impede a realização de eleições diretas para diretores das escolas públicas do Tocantins. A eleição para o cargo foi uma das reivindicações feitas pelos professores durante a greve realizada neste ano e foi contemplada pela proposta do governo que encerrou a paralisação.
Durante a greve dos professores, os deputados ajudaram nas negociações e um dos pontos era que o edital da Secretaria de Educação (Seduc) que aprovava eleições diretas nas escolas, assinado em 2014, seria posto em prática. Mas agora eles voltaram atrás e derrubaram o que havia sido acordado.
O projeto de lei foi elaborado pelo deputado José Bonifácio (PR). Votaram a favor os deputados Valdemar Júnior (PSD), Eduardo Siqueira (PTB), Eduardo Dertins (PPS), Toinho Andrade (PSD), Amélio Cayres (SD), Luana Ribeiro (PR), Nilton Franco (PMDB), Valderez Castelo Branco (PP) e Júnior Evangelista (PRTB).
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) foi procurado e disse que vai analisar o projeto de lei e deve entrar com uma ação judicial. “É uma surpresa para nós. Os deputados votaram pela precarização da educação porque esses cargos acabam sendo alvo de barganhas políticas. É uma derrota para a qualidade da educação”, disse o presidente do Sintet, José Roque.
A Seduc também foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta reportagem.
Greve
Os professores da rede estadual de ensino voltaram ao trabalho no dia 31 de agosto, após 83 dias de paralisação. Segundo a Seduc, a última proposta encaminhada ao Sintet reduziu o prazo para pagamento das progressões de 2013 para quatro parcelas, entre os meses de agosto e novembro de 2015. Anteriormente, este valor, que soma mais de R$ 6,6 milhões, seria pago em seis vezes.
Quanto à incorporação das progressões, referentes ao ano de 2014, será dividida em duas vezes, segundo a proposta. Sendo a primeira em setembro e a segunda em outubro de 2015.
Com informações G1 TO