Da redação JM
Uma das novas caras da Câmara dos Deputados, Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) representa a ala conservadora nos costumes. Autodeclarado “exgay”, o baiano entende que a criminalização da homofobia traria uma “guerra santa” ao país. O assunto está em discussão no STF (Supremo Tribunal Federal).
A Corte discute desde a semana passada o assunto, mas, até agora, apenas quatro ministros votaram. Não há data para que o julgamento seja retomado.
“Eu sou ex-homossexual, então tenho convicção de que é possível viver respeitando uns aos outros. E por que que a gente vai aceitar que haja uma lei que vai estimular uma guerra? O que vai acontecer é uma guerra santa, tá entendendo?”, disse ao UOL. O deputado comparou a questão da criminalização à criminalidade de menores infratores.
“É como os menores. Por que os menores de idade cometem muito crime? Porque se acham protegidos pelo ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente], que eles se acham acima da lei”, disse.
Criação do “Dia do Orgulho Hétero”
O pastor disse que é muito necessário esse projeto porque senão “a gente não vai ser mais representado.”
“Todo mundo tem seu dia, a gente também merece ter. E a Constituição estabelece que todos são iguais, então o crime contra um não pode ser diferenciado do crime contra o outro, e o Dia do Orgulho Hétero também lembra disso”, conclui.