No que depender do deputado federal Eli Borges (Solidariedade-TO) a prefeitura de Palmas (TO) terá que rever a abordagem relativa à família contida no material didático preparado para as crianças do primeiro ano, ministrado especificamente durante o cronograma da disciplina de Ensino Religioso, nas escolas pertencentes à rede municipal.
Da tribuna da Câmara, o parlamentar denunciou uma cartilha com apologia à ideologia de gênero, flexibilizando o conceito de família para crianças de até 7 anos.
Recorrendo ao artigo 226 da Constituição, Borges destacou que “a escola não pode ser fábrica de pretensão de ideologias”.
“É lamentável que o município comece a provocar uma confusão na cabeça das crianças, em desrespeito a sua fase cognitiva. Pela primeira vez, faço uma denúncia sobre o município de Palmas”, detalhou o parlamentar ao exibir o material e enfatizar que os modelos de família apresentados “não estão na constituição”.
O parlamentar entende que o conteúdo oferecido fere o conceito de entidade familiar, composta por homem e mulher, previsto no artigo 226 da Constituição Federal.
“A criança nunca é parte do debate. Tudo o que o adulto fala ela acredita, sobretudo quando este adulto é um professor. A criança está sendo conduzida, segundo a visão da prefeitura de Palmas. Ela aprende na sua casa, com seu pai e sua mãe acerca dos valores da biologia e da ciência. Quando chega na escola, em nome de quem eu não sei, e não sei porquê, se faz uma confusão na cabeça dessa criança ”, argumenta o parlamentar.
“Eu não trabalho com discriminação. Respeito qualquer cidadão. Mas a escola não pode deturpar a Constituição e atropelar o papel dos pais. Vou denunciar esse tema quantas vezes for necessário”, finalizou.
Eli Borges é a única liderança política do Tocantins, entre os membros da Bancada Federal, com atuação focada no combate à ideologia de gênero.
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