REDAÇÃO
O deputado Elenil da Penha iniciou seu pronunciamento na tribuna da Assembleia na manhã desta terça-feira, dia 24, contando que recebeu reclamação de uma pessoa, afirmando que o cunhado dela estava há 40 dias esperando uma cirurgia da tíbia no Hospital Regional de Araguaina. Segundo o parlamentar, o informante disse que o procedimento não foi realizado em função da falta de material cirúrgico na unidade de saúde.
Elenil avaliou que situação como a mencionada tem um contexto complicado. “Lamentei, não poderia interferir no caso específico, pois estaria fazendo tráfico de influência, o que não seria correto”. O parlamentar disse que as pessoas podem até achar enjoativas suas constantes reflexões em defesa da melhor estruturação da saúde. De acordo com suas palavras, é a realidade que exige uma constante cobrança sobre o caso. “O que eu quero é encontrar uma saída para a problemática da saúde, que a população possa ter um atendimento a contento”, ressaltou.
O deputado lembrou que certas pessoas, numa emergência, podem procurar bons hospitais e se deslocarem até de avião para lá. Porém, ele questionou: “e a população comum, que muitas vezes não têm nem ambulância para o seu socorro?”. Outra situação colocada pelo orador foi a realidade de duas UPS de Araguaína. Segundo ele, uma funciona com superlotação e a outra, inaugurada em 2011, encontra-se fechada.
Em suas palavra, cada unidade tem um custo de R$ 10 milhões por ano, sendo 3 milhões do Governo Federal e o restante mantido pelo município e pelo Estado. No caso da unidade paralisada, tanto a prefeitura como o executivo estadual dizem não ter recursos para bancar suas partes. Elenil afirmou que propôs uma transformação na forma de atendimento do estabelecimento e em como torná-la um centro ortopédico ou outra modalidade que atenda ao público.
“Não deveria acontecer de o prédio que custou um alto valor ficar ocioso e a população desassistida e reclamando que é um desperdício de dinheiro, enquanto todos precisam de atendimento”, lamentou Elenil. O parlamentar informou que o secretário da Saúde de Araguaína, Jean Coutinho, estuda um meio de organizar um consórcio de municípios que atenda a essas comunidades, para que elas possam usufruir dos serviços prestados pelas UPAs e seja viabilizado o funcionamento.(Elpídio)