O deputado evangélico Rodrigo Delmasso (Republicanos), representou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), nesta sexta-feira (21/1), após declarar ter recebido denúncias de pais sobre uma suposta conotação sexual no texto de um livro usado na rede pública da capital federal.
De acordo com o deputado, a obra literária do autor Marion Villas Boas, intitulada “Estórias de Jabuti”, da editora Rovelle, precisa ter o conteúdo investigado pelos promotores, uma vez que é usado por estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental das instituições de ensino público.
“A história gira em torno do plano do Jabuti de se vingar da Raposa, que roubou a sua flauta. Além do livro expor este plano de revanche, a linguagem utilizada é completamente chula e inapropriada para crianças”, analisou o deputado.
Linguagem “obscena e esdrúxula”
Segundo o parlamentar, que concordou com o posicionamento dos pais dos alunos, o texto induz a um conteúdo “desrespeitoso” e “esdrúxulo”.
“O Jabuti…deixando o traseiro para cima, untou seu fiofó com bastante mel e ali ficou esperando a raposa. Logo que ela apareceu, o Jabuti começou a soltar peidos, e a cada peido voava uma abelha. A Raposa, que gostava muito de mel, vendo aquele líquido lustroso, meteu o dedo e provou. – É mel! – disse. Outra raposa, que estava com ela, falou: – Mel nada; parece o fiofó do Jabuti. Mas a raposa não quis ouvir mais nada. Meteu a língua para chupar o mel”, registra trecho extraído do livro.
“Diante do que foi exposto, pode-se perceber uma história completamente inapropriada para crianças que estão iniciando o ensino fundamental, tendo em vista o uso de palavras e frases com uma linguagem extremamente grosseira e obscena, como por exemplo: trepou, fiofó, meteu a língua para chupar, apertou o fiofó. Além da história ensinar, ao meu ver, sobre vingança de cunho extremamente maquiavélico”, argumentou o parlamentar.
Com informações site Metrópoles