De forma discriminatória, Defensoria Pública se posiciona contra Projeto de Lei que cria o Dia do Conservadorismo em Palmas

Da Redação JM Notícia

A Defensoria Pública do Tocantins, de forma lamentável e ao que parece preconceituosa, que barrar Projeto de Lei que cria o Dia do Conservadorismo na Capital. A lei é de autoria do vereador e pastor Daniel Nascimento (REPUBLICANOS), que segundo o parlamentar, ‘o conservadorismo protege a instituição mais importante da sociedade, a família. Queremos que Palmas, seja a cada dia, uma cidade que respeita e valoriza esse patrimônio, isso é conservar e não radicalizar‘.

A entidade por meio por meio dos Núcleos Aplicados das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Palmas, Araguaína e Dianopólis, se posicionou pela inconformidade do Projeto de Lei nº 001/2022, alegando que a liberdade de expressão e a liberdade religiosa são direitos fundamentais, asseguradas no art. 5º, da Constituição da República de 1988, mas “não são absolutas” e estão no mesmo nível da norma Constitucional que veda a discriminação e do direito a igualdade, bem como se encontra no mesmo nível de outras liberdades civis.

Pastor Júnior Tércio comenta

Para o pastor Júnior Tércio, o conservadorismo é uma corrente de pensamento político que defende a valorização e a conservação de instituições sociais, conceitos e princípios morais que já estão determinados em uma sociedade.

“Em contraposição ao globalismo, o conservadorismo foca na continuidade e estabilidade das instituições, opondo-se a qualquer tipo de movimentos que provoquem ruptura radical da ordem estabelecida. Avançar, sim, desde que o legado construído ao logo do tempo seja respeitado”, argumenta o pastor.

O pastor lembra ainda que a Constituição Brasileira traz como princípio basilar, a Democracia, e o respeito a Ideais políticos divergentes. “O Conservadorismo sempre esteve presente na Construção Politica desta Nação, com representantes na maior parte dos Entes Federativos.”.

Ricardo Costa comenta

Para o jornalista Ricardo Costa, não se pode querer incluir grupos minoritários, discriminando outros, como o conservadores que representam a maior parte da população brasileira:

Vale destacar, que o direito à liberdade de expressão é amplamente consagrado no âmbito internacional e nacional.

De acordo com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos preveem, nos artigos 19 e 13, diz que “toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão.  Esse direito compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e idéias de toda natureza, sem consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro processo de sua escolha”.

Ricardo Costa, Presidente da APEBE-TO

A Constituição Federal de 1988 dispõe que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” (art. 5º, inciso IV, CFRB/1988). Também estabelece que é “livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença” (art. 5º, inciso IX, CFRB/1988), ou seja, o que se pretende com a criação do Dia do Conservadorismo, é preservar e promover os valores tradicionais da família, ou seja, não se pretende com essa lei discriminar outros segmentos da sociedade, disse Ricardo Costa.

O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, respectivamente no art. 19, item 3, e no art. 13, item 2, estabelecem que a lei poderá fixar restrições à liberdade de expressão quando necessárias para (i) assegurar o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas; e (2) proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde ou a moral públicas, o que não é o caso no caso do projeto de lei do vereador Daniel Nascimento.

Professor Gesiel Oliveira

Pastor Gesiel Oliveira é presidente da APEBE Brasil e Exterior

Para o advogado e professor de Direito Penal, Gesiel Oliveira, a defesa do conservadorismo é a base principiológica cristã. Ao se opor à criação do Dia do Conservadorismo, há oposição direta ao pensamento predominante cristão no Brasil, que representa mais de 80% da população brasileira.