A maioria das pessoas que vive na Penísula Arábica está em jejum durante o Ramadã, que este ano começou no dia 23 de abril e vai até o dia 23 de maio. Os seguidores de Maomé deixam de comer e beber no período entre o nascer e o pôr do sol, durante um mês, na esperança de que Alá abra as portas do céu e derrame as bênçãos e o perdão dele sobre todos. Alguns cristãos ex-muçulmanos da região, como Tamer, decidiram jejuar no mesmo período que os vizinhos dele. “Cada cristão tem a liberdade em Cristo de jejuar a sua maneira. Pessoalmente, jejuo com a comunidade em que estou cercado”, explica.
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Logo após a conversão, Tamer acreditava que os seguidores de Jesus não deveriam jejuar durante o Ramadã. Logo, julgou tanto os muçulmanos quanto os irmãos em Cristo. “Eu pensei que o jejum real é quando você escolhe fazê-lo por conta própria, não porque todos ao seu redor estão jejuando no Ramadã.”
O cristão percebeu que ele poderia tanto quebrar o jejum em segredo, como manter a prática de abstenção de alimentos e líquidos com sinceridade no coração diante de Deus. “Enquanto andava com Cristo, aprendi o verdadeiro espírito de oração e jejum e agora aproveito este mês para orar e jejuar pelas pessoas ao meu redor”, diz. Tamer compartilha essa descoberta com outras pessoas nas redes sociais e acredita que tem sido uma oportunidade compartilhar Cristo com os familiares. “Temos incentivado os fiéis a permanecer em suas famílias, a orar e a jejuar por eles, enquanto permanecem na Penísula Arábica.”
A esposa de Tamer ainda não conhece a Jesus, mas tem conhecimento da fé do marido. “Ela sabe que não estou jejuando por causa de uma lei islâmica legalista, mas porque desejo ter comunhão com Cristo e estou intercedendo pelos muçulmanos que amo tanto. Eu sei que Satanás não gosta disso, mas eu sei e acredito que um milagre acontecerá e que ela entregará a vida dela a Cristo. Por favor, ore comigo para que minha esposa venha a conhecer o Senhor.”
Tamer também convida outros cristãos a se juntarem a ele em oração para que o evangelho de Jesus se espalhe por todo o território da Penísula Arábica. “Obrigado por orar por nós neste Ramadã. Especialmente em tempos da COVID-19, porque estamos separados de muitos membros da família durante o período”, finaliza.