Da Redação JM Notícia
Na sexta-feira passada (26) iniciou-se o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. Coincidentemente foi no mesmo dia que um ataque a um ônibus matou dezenas de cristãos no Egito.
Segundo informações da TV estatal Nile, homens mascarados atacaram um grupo de cristãos que se dirigiam a um monastério. Os terroristas mandaram todos os passageiros a descerem do ônibus e renunciassem sua fé.
“Eles mandaram que renunciassem a sua fé cristã, um por um, mas todos se negaram”, disse o padre Rashed para a imprensa local. Por não negarem a Cristo, eles foram mortos com tiros na cabeça.
Foram 29 mortos no total, incluindo mulheres e crianças e o Estado Islâmico reivindicou o atentado.
“Eles parecem ter sido obrigados a se ajoelhar. A maioria recebeu um tiro atrás do crânio, na boca ou na garganta”, declarou o padre.
Na Catedral de São Marcos, na cidade de Bani Mazar, a morte dos cristãos foi lamentada pela população que está cada vez mais em perigo diante do avanço do terrorismo no Egito.
Uma missa em memória dos mortos foi realizada na cidade e todos se vestiram de preto. As mulheres cobriram seus cabelos com um véu amarrado atrás do pescoço e o grito de desespero de muitos dos fiéis impediam que o silêncio predominasse no recinto.
Entre os sobreviventes deste terrível atentado está uma mulher que relatou ao seu tio que os homens foram obrigados a descerem do ônibus e tiveram suas identidades roubadas, assim como dinheiros e joias.
O marido e a filha de 1 ano da mulher foram mortos. Ela viu os terroristas tentando forçá-los a professarem a fé muçulmana e também viu seus familiares sendo mortos.
O ataque faz parte de uma série de atentados cometidos pelos soldados do EI que anunciaram que iriam aumentar a morte de cristãos no país.