Uma opinião religiosa no Facebook custou a liberdade de um cristão no Egito. Em agosto, o homem que prefere não se identificar foi detido sob a acusação de insultar o islã na rede social. Apesar da ausência de provas, o seguidor de Jesus continua preso aguardando a decisão judicial.
De acordo com a esposa do farmacêutico, ele não sabe usar o Facebook e nem tem familiaridade com tecnologia. No dia da prisão, a farmácia do cristão foi invadida pela polícia, que prendeu a filha e ele. No dia seguinte, a filha foi solta e testemunhou que uma multidão furiosa também cercou o estabelecimento no momento da detenção.
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“Meu marido é um homem muito pacífico. Ele tem a farmácia há mais de 30 anos e atende cristãos e muçulmanos. E nunca teve problemas com ninguém”, explica a esposa. Ela acredita que outras pessoas postaram as mensagens ofensivas em nome do marido e suspeita de que foram extremistas islâmicos, que abriram duas farmácias próximas a do cristão. “Talvez alguém queira prejudicar os negócios do meu marido para ajudar os concorrentes”, revela.
Para o advogado do cristão, a situação foi forjada. Já que no momento da prisão, o policial pegou o celular do farmacêutico, imprimiu a postagem e colocou dentro de um envelope. Mais tarde, o oficial afirmou que encontrou a prova dentro de uma gaveta da farmácia. Além disso, as filmagens do sistema de vigilância, que poderiam funcionar como provas, foram retiradas do local.
Faz um mês que o cristão, que tem problemas cardíacos, está preso, aguardando julgamento. O perfil do Facebook dele foi desativado e a farmácia permanece fechada.
A hostilidade contra os cristãos no Egito é comum, sendo o extremismo islâmico um dos maiores responsáveis por isso. Os jihadistas chegam a excluir, sequestrar e até assassinar os seguidores de Jesus.