O maior desafio de um ex-presidiário é recomeçar uma nova vida após o cumprimento da pena. Para auxiliar mulheres que saíram do presídio feminino, um ministério da Flórida (EUA) decidiu oferecer não apenas cursos e chances de emprego, mas também uma vida estruturada em Jesus Cristo.
As mulheres assistidas pelo Ministério de Restauração Radical, fundado por Dawn Knighton, começam seu dia bem cedo: pela manhã, são obrigadas a correr de 4 a 8 quilômetros ao longo da praia. Depois disso, elas devem cumprir com outras atividades, como a oração e o estudo bíblico. Namorar? Só se for com o objetivo de se casar.
As rígidas regras, de acordo com a organização, são essenciais para que essas mulheres estejam preparadas para uma vida saudável fora da prisão. “Precisamos de lugares que nos darão uma segunda chance”, disse Susan Dascanio, uma ex-criminosa assistida pela organização. “Não somos pessoas ruins. Nós fizemos escolhas erradas.”
“Enquanto você está na prisão, todos dizem que você nunca vai ter jeito. Você é uma criminosa condenada”, afirmou Alexis Nurell, outra ex-presidiária que se juntou ao programa.
Embora as mulheres cometam menos crimes do que os homens, os desafios que elas enfrentam ao retornar para a sociedade são os mesmos: encontrar emprego, um lugar para morar e um sistema de apoio.
Knighton abriu sua pequena casa para fornecer apoio a essas mulheres e ajudá-las a se tornarem produtivas na sociedade. Ela fundou o Ministério de Restauração Radical em 2008, com a missão de reabilitar mulheres que saem da prisão.
Passado
Antes de iniciar sua missão, Knighton também teve uma vida marcada por escolhas erradas. Sua vida no crime começou cedo, quando usava e vendia drogas. Para sustentar o vício no crack, ela passou a se prostituir.
“Antes que eu percebesse, eu estava sem casa e fazendo coisas que eu nunca imaginei que faria”, disse Knighton à CBN News. “Graças a Deus, Ele tinha um outro plano para a minha vida”.
Estuprada, espancada e abusada por alguns dos homens que pagaram por um programa com ela, Knighton perdeu a vontade de viver. Mas antes de tirar sua vida, ela foi condenada a 15 anos de prisão.
Na noite de sua detenção, ela foi confinada em uma cela com apenas uma Bíblia. “Eu disse: ‘Deus, se você realmente é quem você diz, se você pode me libertar, eu vou passar o resto dos meus dias dizendo às pessoas o que você fez na minha vida.’ E ele fez!”, afirma ela.
Este foi o início de uma mudança radical na vida de Knighton. Dali em diante, ela passou a se aprofundar em Deus e começou a aconselhar e orar com outras detentas. Ela completou seu primeiro ano de faculdade teológica dentro da prisão.
Depois de cumprir apenas um ano e meio de prisão, Knighton foi liberada e credita sua saída precoce à um “milagre”. “Eu vou viver para Jesus e eu vou ficar em chamas. Eu quero ver o avivamento na prisão”, declara. Com informações Guiame