Crise política na AD Alagoas: JHC demite 52 indicações ligadas à igreja

Foto: Assessoria / Divulgação

A Assembleia de Deus em Alagoas (AD Alagoas) entrou no centro da disputa eleitoral de 2026. O coordenador de Mídia da igreja, Gunnar Nunes Nicácio, filho do pastor-presidente José Orisvaldo Nunes de Lima, filiou-se ao Progressistas (PP), legenda comandada no Estado pelo deputado federal Arthur Lira, e anunciou pré-candidatura a deputado federal.

A mudança abriu crise com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL). Após o movimento de Gunnar e do deputado estadual Mesaque Padilha (União Brasil) em direção ao PP, o prefeito exonerou 52 comissionados indicações ligadas a Assembleia de Deus. As demissões foram publicadas em edição extra do Diário Oficial, na segunda-feira, 27.

Mesaque está no primeiro mandato na Assembleia Legislativa, eleito em 2022 com 29.102 votos. O parlamentar tem base no segmento evangélico e histórico de atuação em igrejas.

O realinhamento partidário ocorre semanas depois de JHC autorizar a doação de um terreno municipal, no bairro Eustáquio Gomes, para construção de um novo templo da AD Alagoas — ato apontado por bastidores como gesto de aproximação entre a gestão e a denominação.

Blogs e portais locais descrevem o rompimento como “traição” ao PL e relatam reação de lideranças religiosas e políticas. Relatos dão conta de que a cúpula da AD Alagoas trabalha para manter Mesaque na ALE e impulsionar Gunnar à Câmara dos Deputados em 2026.

Até aqui, perfis e canais oficiais da AD Alagoas destacam eventos e mensagens pastorais do reverendo José Orisvaldo, sem posicionamento detalhado sobre a reconfiguração de alianças.

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