Da Redação JM Notícia
Uma das poucas famílias cristãs que continua em Mossul, no Iraque, viveu uma grande lição diante da morte de uma menina, vítima dos ataques cruéis do Estado Islâmico (EI).
A mãe da criança foi abordada por militantes islâmicos que a obrigaram pagar uma taxa ou deixar a cidade. A mulher, desesperada, deixou sua filha em casa e saiu para buscar o dinheiro.
O que ela não esperava era que os terroristas incendiariam sua casa bem no momento que a criança tomava banho. Presa no cômodo, a criança teve seu corpo queimado e não resistiu.
As últimas palavras da menina foram: “perdoe eles“, trazendo grande lição a todos que tomaram conhecimento desse trágico fim.
Mossul era uma próspera cidade iraquiana, centro também o centro político, econômico e cultural da região noroeste do país.
Em 2014 o EI dominou a cidade e expulsou os cristãos e os yazidis através crimes bárbaros como decapitação, estupro de mulheres e escravidão.
Milhares de cristãos fugiram, pois, deixar a cidade era uma das três alternativas dada pelos terroristas: ficar na cidade e se converter ao islã; pagar o imposto islâmico que é alto para a maioria das famílias, ou deixar Mossul sem direito a nada. Quem não obedecia essas ordens foi executado.
Retomando o controle da cidade
As autoridades iraquianas, com ajuda da coalizão militar de outros países, têm conseguido retomar o controle de cidades que foram atacadas pelos terroristas.
Mossul continua sob o controle do EI, mas algumas áreas da cidade já começam a retomar suas vidas. Tanto é que recentemente um grupo de moradores de um bairro muçulmano ergueu uma cruz ao lado de um mosteiro para convencer os cristãos que fugiram da cidade.
Cidadãos cristãos viram os moradores de El Arabi colocando a cruz acima do morro onde fica o mosteiro de Mar Guergues (São Jorge, em árabe). Essa é a primeira iniciativa tomada pelos moradores para convidar os cristãos a retomarem suas casas. Com informações de Hello Christian e Agência EFE.