Na última terça-feira (14), o parlamento do Zimbábue comunicou a proibição de qualquer pessoa não vacinada contra Covid-19, de participar dos cultos nas igrejas. A restrição é mais uma das medidas impostas, como forma de aumentar a aceitação do público pela vacina do coronavírus.
O país, localizado no sul da África, já havia tornado a vacina obrigatória para funcionários públicos e professores no início do mês de setembro. Além de já ser também, um pré-requisito para as negociações nos mercados, acesso à academias, restaurantes e para a realização de exames universitários.
No entanto, após a última reunião de gabinete, foi emitida uma declaração incluindo os templos religiosos na norma. “Com relação às igrejas, o Gabinete decidiu que apenas congregantes vacinados podem comparecer”, dizia o documento.
No início de agosto, líderes cristãos no país já se posionavam contra a possível restrição. O Vatican News noticiou, na época, sobre a nota resultante de uma reunião na Associação Zimbabwe Heads of Christian Denominations – ZHOCD. Os pastores classificaram como “desconcertante”, a decisão do governo de bloquear o acesso aos locais de culto para pessoas não vacinadas e sem a certificação anti-Covid, sob pena de prisão.
A Associação defendeu, em nota, que “a igreja é um espaço aberto e acolhedor para todos, sem restrições. Ninguém se qualifica para as celebrações da igreja porque é um lugar de graça de Deus”. E observaram ainda, que “a população vacinada é menos de 10 por cento”, considerando que grande parte “ainda não tiveram a possibilidade de o fazer”, devido a escassez nos centros de vacinação em todo país.
A Voice of America também citou na ocasião, a informação do Ministério da Informação do país que dizia, que em caso de descumprimento da medida, serão presos, inclusive os líderes da igreja.
De acordo com o Uganda Christian News, o país tem contado até agora com doses de vacinas produzidas na China, Índia e Rússia, mas recentemente aprovou o uso emergencial da vacina Johnson & Johnson.
Pouco mais de 2,8 milhões Dos 15 milhões de habitantes do Zimbábue receberam até agora a primeira dose da vacina.
Na terça (14), o Tribunal Superior do Zimbábue também se pronuncionou negativamente, sobre um pedido de contestação do Congresso de Sindicatos do Zimbábue contra a vacinação obrigatória dos trabalhadores.
CPAD News/ Com informações Uganda Christian News