Da Redação JM Notícia
Deputados evangélicos planejam visitar o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, na próxima terça-feira (20) para pedir explicações a ele sobre as ofensivas criada por ele contra prefeituras que não permitiram o ensino da ideologia de gênero em suas escolas.
Para o deputado Ezequiel Teixeira (Podemos-RJ), a atitude de Janot é autoritária. “Querem, de qualquer forma, nos enfiar goela abaixo a doutrinação de nossas crianças e adolescentes nas escolas”, declarou.
O parlamentar pretende fazer um discurso contra a atitude do procurador no plenário da Câmara e deve receber apoio de outros parlamentares, pois o Congresso impediu que o tema fosse abordado na Base Comum Curricular.
Ao não receber apoio do governo federal, os apoiadores do tema recorreram aos municípios a fim de implantar o ensino da diversidade sexual e o fim das teorias de gêneros com a justificativa de combater a homofobia.
Acontece que as escolas municipais ensinam crianças a partir dos 6 anos de idade, idade esta que para muitos parlamentares é muito cedo para tratar sobre sexualidade.
Janot começou a ofensiva contra seis cidades Cascavel (PR), Blumenau (SC), Paranaguá (PR), Palmas (TO), Novo Gama (GO), Ipatinga (MG) e Tubarão (SC) declarando a decisão delas tem fundo religioso com o objetivo de discriminar os homossexuais.
Ao tomar conhecimento destas ações, o deputado Sóstenes Cavalcante ficou indignado e extremamente perplexo. “Quero dizer que é muito estranho o Procurador Geral da República emitir opinião sobre motivação religiosa, afinal de contas é dever Constitucional a livre manifestação religiosa”, declarou.
Para Sóstenes, recusar o ensino da ideologia de gênero é defender as crianças. “O que realmente queremos é tratar nossos alunos de forma igualitária, nem prestigiando uns pela opção sexual, nem depreciando outros por possuírem e professarem sua fé. Prezamos pela qualidade na Educação, e a garantia de que nossos filhos e filhas não serão doutrinados por professores mal-intencionados”.