Da Redação JM Notícia
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Nesta terça-feira (16) o Consulado-Geral do Brasil em Cochabamba, na Bolívia, resolveu funcionar apenas mediante sistema interno e orientou aos brasileiros para que permanecessem em suas residências e não participassem de manifestações.
A população daquele país marcou uma manifestação com duração de 18 horas contra o regime de Evo Morales que quer se perpetuar no poder, tirando do povo direitos básicos como a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e a liberdade religiosa.
Para evitar que os brasileiros sofrem a repressão do Estado, o Consulado fez as seguintes recomendações: Não se engajar às aludidas manifestações, em vista de incitações e desdobramentos passíveis de violência; permaneçam em suas respectivas residências, evitando, portanto, ultrapassar bloqueios que estarão estrategicamente distribuídos pela cidade.
As manifestações marcadas para esta terça-feira e também nesta quarta-feira é organizada por diversos setores da sociedade civil que são contra a aprovação do Novo Código Penal do país que proíbe, por exemplo, a evangelização, enquanto reduz a pena para traficantes de drogas.
Enquanto o artigo 88 determina a prisão de 7 a 12 anos para quem cometer o “crime” de recrutar pessoas para participarem de organizações religiosas ou culto, a evangelização, o artigo 125 determina a prisão de 1 a 3 anos para quem for pego com uma quantidade de drogas (vários tipos de substâncias) maior do que a permitida no país.
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Milhares de pessoas se manifestaram em Cochabamba,a terceira maior cidade do país, se mostrando contrários ao Novo Código Penal proposto pelo ditador Evo Morales. Unidos, os bolivianos exigiram a revogação da lei que coloca em risco a vida da população.
O senador Oscar Ortiz Antelo, opositor de Evo Morales pelo Movimento Democrata Social, escreveu em seu Twitter: “Cochabamba se juntou ao #ParoCívico e depois passou a reivindicar nosso direito de viver em democracia, exigir o respeito pela votação do cidadão #21F e exigir a revogação do Código Penal que ameaça as liberdades individuais. Viva Cochabamba! Viva a Bolívia livre e democrática!”
Uma greve geral paralisou a cidade, hospitais, por exemplo, só atendem emergências e o comércio fechou suas portas. Pais levaram seus filhos para a manifestação ou fizeram pequenas reivindicações em seus bairros, fechando ruas e levantando cartazes.