O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, decretou, nesta terça-feira (22), luto de três dias pelo atingimento da marca de 500 mil brasileiros mortos em decorrência da covid. A medida seguiu-se ao acolhimento de requerimento do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) de voto de pesar pelos falecidos e apresentação de condolências aos familiares e amigos afetados pela pandemia.
— Em 19 de junho o Brasil superou a triste marca de 500 mil cidadãos e cidadãs vítimas fatais da pandemia de covid-19. Mais de 18 milhões encontram-se infectados. O número é estarrecedor e causa profundo pesar em toda a nação — salientou Contarato em seu requerimento.
Contarato lembrou que, quando o número de mortos chegou a 100 mil, o Congresso Nacional decretou luto oficial de quatro dias. No entanto, conforme sublinhou, o governo federal ainda silencia diante do que chamou de “atrocidade”. Ele disse que é fundamental a função do Congresso, tanto na geração de leis para enfrentamento à pandemia quanto na apuração de responsabilidades.
— Os representantes do povo no Poder Legislativo se empenharão incansavelmente para superar esse quadro com a urgência devida.
O anúncio do luto foi seguido de um minuto de silêncio. Na sequência, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), em nome da bancada de seu partido, lembrou as mortes dos senadores Arolde de Oliveira, José Maranhão e Major Olimpio em decorrência da covid-19. Ele avaliou que o número de falecimentos não precisava ter chegado a 500 mil.
— Que possamos evitar que mais brasileiros venham a morrer — afirmou.
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) associou as mortes à quantidade de erros cometidos pelas autoridades brasileiras e à falta de uma liderança capaz de conduzir à eficácia das ações de União, estados e municípios.
— Não podemos esquecer da fogueira de vaidades que se instalou logo no início desta pandemia, do palanque que se instalou na busca de protagonismo, da afronta à ciência, ao negacionismo — lamentou.
Fonte: Agência Senado