A publicação recente do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao lado do Arcebispo de Brasília, segurando a Bíblia Sagrada, foi alvo de críticas na bancada evangélica do Congresso Nacional, que se opõe à sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). As imagens, acompanhadas de elogios à Bíblia, não foram bem recebidas pela ala evangélica, que critica Dino, aliado do presidente Lula, chamando-o de “comunista enganador”.
O presidente da bancada evangélica no Senado, Carlos Viana, ironizou a ação, sugerindo que Dino deveria ler a Bíblia para deixar de ser comunista. Viana lidera uma campanha no Senado contra a indicação de Dino, buscando convencer outros senadores de direita a se oporem. A aprovação do ministro requer maioria simples, com 41 votos entre os 81 senadores, e a expectativa é de uma votação acirrada.
Dino enfrenta resistência principalmente entre apoiadores de Jair Bolsonaro e lideranças conservadoras, que mostram seu histórico de “comunista” e “radical”. O deputado Sóstenes Cavalcante, da Assembleia de Deus, criticou as postagens recentes de Dino, chamando-o de “embusteiro” e “comunista enganador”. As críticas também se manifestaram nas redes sociais, com o deputado Gilvan da Federal alertando para um “lobo em pele de cordeiro”.
Fora da bancada evangélica, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou Dino durante um evento do PL Mulher no Rio Grande do Norte, questionando sua compatibilidade com os valores cristãos devido à associação com o comunismo, que é ideologia inimiga do cristianismo.
Com O Globo