Comissão de Direitos Humanos da Câmara pode ser comandada por militar

Da Redação JM Notícia

Deputado Capitão Augusto declara que o interesse da Bancada da Bala é reduzir progressão de pena e diminuir a idade da maioridade penal

Em 2013 grupos LGBTs e minorias fizeram vários protestos na Câmara dos Deputados condenando a eleição do deputado pastor Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos.

Em 2019, a comissão, que muda anualmente de presidente, pode ser liderada por um militar. Segundo o deputado reeleito Capitão Augusto (PR-SP) que já se lançou como candidato à Presidência da Câmara, a chamada Bancada da “Bala” tem interesse na comissão.

Uma das prioridades dos parlamentares da área militar é colocar em pauta projetos de endurecimento penal. Eles ainda contam com o apoio da Bancada Evangélica para outros assuntos que são em comuns, como a questão de gênero.

“Há muita pauta de interesse não só da (bancada da) Segurança Pública, mas principalmente da bancada evangélica, como a questão de gênero”, declarou Augusto ao jornal O Globo.

A Bancada da Bala tem interesse em três comissões: Constituição e Justiça, de Segurança Pública e de Direitos Humanos. Os projetos dos militares precisam dessas comissões para serem apresentados, defendidos e aprovados para passarem para o Plenário da Câmara.
As principais propostas são reduzir ou acabar com a progressão de regime em determinados crimes e reduzir a maioridade penal.