Hugo Magalhães: “A Justiça estabelece a transparência do pleito, coisa pela qual nosso grupo lutou desde o primeiro momento”. Foto: Divulgação
Em audiência realizada na tarde desta terça-feira, 7, no gabinete do juiz titular da 2ª Vara do Trabalho, em Palmas, Francisco Rodrigues de Barros, foi definido que a votação para a escolha do novo presidente do Simed (Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins) será realizada no próximo dia 30, das 8h às 18h.
O acordo foi homologado por Barros, com anuência de representantes da chapa 2 “Responsabilidade Classista” e da situação. Com isso, o pleito, que estava suspenso por decisão da Justiça por irregularidades e falta de transparência por parte da direção atual do sindicato e da comissão eleitoral, é legalmente reaberto.
Durante a audiência foi atendida uma das principais reivindicações da chapa 2: descentralização da votação no interior. Serão utilizadas urnas nos municípios de Araguaína (norte do Estado) e Gurupi (sul tocantinense). No pleito que foi suspenso, no último dia 31, havia apenas urnas em Palmas e os médicos das demais cidades votariam apenas por correspondência.
“É uma grande conquista para os médicos do interior. No modelo de votação anterior, que foi suspenso justamente, muitos colegas do interior não votariam porque só receberam as cédulas pelos Correios um dia depois da data da votação. E outros nem receberam ainda”, disse o clínico geral Hugo Magalhães, 34, candidato a presidente pela chapa 2, que participou da audiência.
TRANSPARÊNCIA DOS VOTOS POR CARTA
Conforme decidido na reunião desta tarde, os votos por carta serão mantidos. Porém, de forma transparente. Foi determinado pelo juiz ainda que o Simed terá obrigação de enviar as cartas com as cédulas a todos os médicos sindicalizados na próxima sexta-feira, dia 10, às 10h. Para evitar situações como extravio do documento ou até mesmo médicos não receberem as cédulas, o prazo de envio e recebimento das correspondências é o dobro do estabelecido no modelo anterior da votação.
“Diferente do que foi feito anteriormente, no pleito suspenso pela Justiça, o envio das cédulas aos colegas desta vez é cercado de transparência. Todas as cartas serão protocoladas nos Correios de uma só vez, com lista de destinatários, com testemunhas e conferência dos nomes dos destinatários. Após o protocolo, a caixa postal que receberá as cartas com votos será lacrada e só reaberta no dia 30, após a votação, para a apuração. Tudo com horários pré-determinados e presença de testemunhas”, afirmou Magalhães.
AS CÉDULAS DE VOTAÇÃO
De acordo com Magalhães, na semana passada, às vésperas do pleito suspenso, a chapa não foi informada pela gestão atual do Simed e nem pela comissão eleitoral da lista dos nomes para os quais o Simed enviou as cédulas. “Cédulas que eram feitas num quarto da sede do Simed.”
Desta vez, as cédulas não serão fotocopiadas e terão, obrigatoriamente, a assinatura de membros da comissão eleitoral e representantes das chapas, conforme exige o estatuto e o regimento eleitoral. No modelo de votação anterior, suspenso pela Justiça, esses itens não foram respeitados.
Hugo Magalhães afirmou, no início da noite, após a audiência, que as determinações do juiz Francisco Rodrigues de Barros dão clareza e transparência ao pleito. “A Justiça estabelece a transparência do pleito, coisa pela qual nosso grupo lutou desde o primeiro momento. Além da transparência no envio das cédulas, a classe médica sai ganhando com o fato de mais médicos do interior terão direito de votar presencialmente. A classe médica ganhou muito com isso”, finalizou Magalhães.(Assessoria)