Da Redação JM Notícia
Nesta terça-feira (6) aconteceu a sessão especial da Câmara Municipal de Palmas, marcando o início dos trabalhos dos vereadores no ano de 2018. A prefeita em exercício, Cinthia Ribeiro, esteve presente na sessão para pedir apoio dos parlamentares.
Com Carlos Amastha licenciado, Cinthia assume o posto até o final de fevereiro e em abril irá assumir definitivamente, pois o prefeito irá renunciar para concorrer ao cargo de governador do Estado.
Cinthia citou algumas propostas que a Câmara irá debater este ano, como o novo código tributário, o plano de arborização, o plano diretor, a ocupação de regiões como a Sudoeste, entre outros. “Tudo isso vai mexer muito com a nossa cidade, com a nossa rotina, abrindo centenas ou milhares de negócios que vão se transformar em emprego e renda para todos”, declarou.
Cinthia falou em “desarmar o espírito” para que os vereadores possam apoiar os projetos da Prefeitura e ainda reclamou de não ter um orçamento aprovado. “Adentramos o mês de fevereiro sem o orçamento aprovado, podendo comprometer uma série de serviços essenciais”, disse a prefeita em exercício.
A prefeita recebeu apoio dos parlamentares presentes, mas também ouviu a reclamação da oposição sobre diversos projetos de Amastha, principalmente a diminuição dos redutores que aumentou o IPTU dos palmenses.
Enquanto a base elogiava as obras do Executivo realizadas no ano passado, a oposição criticava as mesmas obras e alguns vereadores disseram que eram “obras de maquiagem”.
Muitos reclamaram do vídeo de Amastha veiculado na TV no ano passado declarando que o IPTU não iria aumentar, inclusive, prometeu isentar 19 mil famílias. O vereador Rogério de Freiras (PMDB) fez questão de comentar sobre este vídeo e declarar que está procurando essas famílias que foram isentadas do IPTU.
Milton Neris (PP) declarou que seu sonho é ver Cinthia Ribeiro sendo a prefeita definitiva de Palmas, para que a cidade se livre “do Pinóquio”, se referindo à Amastha.
Lúcio Campelo (PR) também questionou o aumento do imposto, declarando que Amastha não mostrava comprometimento com a população, pois há muitos empresários isentos do IPTU, enquanto a população está recebendo valores altíssimos. “Precisamos fazer esse enfretamento”, declarou ele exigindo meios de reverter esse aumento abusivo.
Filipe Fernandes (PSDC) reafirmou seu compromisso com a sociedade, dizendo que não irá apoiar projetos que não venham a beneficiar os palmenses. “Não concordo e nem concordarei com essa maneira de fazer política”, declarou ele prometendo buscar na Justiça uma forma de reduzir o IPTU. “A população não aguenta mais pagar”.
Léo Barbosa (SD) reclamou da falta de investimento na cidade, tanto que Palmas não foi citada entre as cidades que mais geraram empregos em 2017. O vereador se comprometeu em ajudar a prefeita, desde que ela tenha interesse em agir em prol dos palmenses.