Conforme o poder do estado cresce, as liberdades individuais definham. A China contemporânea mostra de forma implacável e efetiva como são verdadeiras essas palavras. Poucas coisas são mais arriscadas no mundo hoje do que ser uma pessoa de mentalidade espiritual na República Popular da China. Ser cristão e expressar a sua fé em uma das mais brutais e opressivas ditaduras do mundo é um ato que requer muita coragem.
O governo liderado pelo Partido Comunista Chinês é absurdamente hostil a todas as religiões. Isso se deve ao fato do comunismo ser uma religião política. Por ser uma religião política de caráter totalitário, no entanto, não tolera competição com religiões espirituais. No socialismo, o estado deve ser considerado deus. Portanto, o Deus verdadeiro — o Deus legítimo, Jeová — deve ser eliminado da equação. Por essa razão, Deus é substituído pelo estado e Cristo Jesus é substituído pelo ditador. O comunismo pretende ser a antítese do cristianismo.
Recentemente, os dirigentes do Partido Comunista — cujo líder máximo é o implacável ditador Xi Jinping — passaram a exigir o ateísmo de todos os seus membros, e a renúncia em qualquer crença ou participação em atividade religiosa. Por extensão e associação, o ateísmo marxista-leninista acabou sendo paulatinamente institucionalizado como uma política pública compulsória, e a hostilidade e a aversão à religiões, sobretudo ao cristianismo, se torna uma das bandeiras oficiais do partido.
O estado totalitário tem o objetivo de ser um deus, uma espécie de líder máximo, que reina supremo e soberano sobre toda a sociedade, sem qualquer questionamento ou contestação. Por essa razão, o Partido Comunista Chinês tem a compulsão de eliminar a espiritualidade das pessoas. Competição com o Deus verdadeiro aflige Satanás, o diabo, que — como a Bíblia afirma — é o verdadeiro governante do mundo (1 João 5:19; Revelação 12:9). Para o diabo, é fundamental compelir as pessoas a adorarem e venerarem falsos deuses, e o falso deus que mais recebe veneração e adoração no mundo moderno é o estado.
O Brasil, por exemplo, é um país onde políticos são venerados compulsivamente por seus eleitores. Eleitores esses, que muitas vezes professam serem cristãos. Não obstante — com seus atos idólatras —, eles mostram enfaticamente que tratam o Deus verdadeiro como uma abstração e o estado como sua fonte de segurança.
A oposição governamental que os cristãos enfrentam na China a cada ano sofre progressões geométricas, conforme aumentam as restrições religiosas, a perseguição aberta, a censura, a demolição de igrejas e templos, e os esforços para encerrar reuniões e cultos domésticos. De acordo com a organização beneficente Portas Abertas — que mapeia a perseguição a cristãos no mundo inteiro —, no ano passado “a China foi um dos países de destaque para o aumento da perseguição na Lista Mundial da Perseguição 2019. O aumento foi de 8 pontos, o que fez o país subir 16 posições, passando do 43º para o 27º lugar.”
Ou seja, a escala progressiva de opressão religiosa tem de fato aumentado. Como o totalitarismo de estado na China se expande de maneira irrefreável — algo que acontece de forma contínua e acelerada desde que o déspota Xi Jinping tornou-se o ditador e soberano máximo do país —, por mais desagradável que seja reconhecer, a verdade é que a perseguição a cristãos na China ainda pode piorar muito. Não seria exagero algum afirmar que cristãos, em um futuro próximo, correrão risco de genocídio na China.
Evidentemente, o governo totalitário do Partido Comunista Chinês se opõe a todas as religiões. A brutal autocracia chinesa está arduamente empenhada em extinguir e erradicar todas as crenças religiosas. Atualmente, mais de um milhão de muçulmanos turcomenos da etnia uigur são mantidos em campos de concentração na região de Xinjiang. Lá — sob tortura — eles são forçados a renunciar às suas crenças e a jurar lealdade ao Partido Comunista Chinês e ao seu líder máximo, o tirano Xi Jinping.
Hoje, a China é um dos grandes centros do tráfico internacional de órgãos humanos.
Membros de uma religião chamada Falon Gong há muito tempo são sequestrados por agentes do governo, para serem assassinados e terem seus órgãos retirados, para serem comercializados no mercado negro. Isso é realizado como política de estado. Há décadas, diversos ativistas — como Ethan Gutmann, David Kilgour e David Matas, entre muitos outros — oriundos de diferentes países não apenas investigam com apurada profundidade esses crimes sórdidos e aviltantes executados pelo governo chinês, como denunciam sua prática na comunidade internacional, apenas para serem ostensivamente ignorados. E não podemos esquecer que há décadas, monges budistas são torturados e assassinados de forma sistemática na região do Tibete.
O governo chinês é o protótipo do governo da besta; um estado totalitário ateu, que proíbe o livre exercício da espiritualidade humana, com a finalidade de apagar o Deus Todo-Poderoso, o Pai Celestial Jeová, da equação. Através do terrorismo estatal institucionalizado, o diabo pretende infligir medo aos fiéis, com o objetivo de fazer os cristãos renunciarem a Deus. Aproxima-se o clímax da aposta realizada no Jardim do Éden, onde Satanás afirmou que poderia afastar todos os seres humanos do Criador. Agora, o diabo tentará fazer isso através de um governo totalitário global, que será inteiramente controlado por ele – uma criatura espiritual iníquia, ardilosa, maligna e invejosa, originária de todo o mal que há no mundo.
Infelizmente, aproxima-se o dia em que as pessoas irão jurar lealdade a besta e ao dragão descritos em Revelação 13:4, que representam os governos mundiais, entidades geopolíticas que — conscientemente ou não — estão todas alinhadas com os planos de Satanás. Com atitude soberba, pretensiosa e arrogante, os alienados e os apartados de Deus ainda irão se jactar por estarem totalmente afastados do Criador, ao passo que reforçam sua crença na onipotência da besta.
Nos rejubilemos em êxtase e alegria, no entanto, quando isso acontecer. Tal acontecimento será um forte indício de que se aproxima o fim desse iníquo e depravado sistema de coisas, inteiramente controlado por Satanás, o diabo. Todos esses eventos foram descritos por Jesus em detalhes, e estão devidamente registrados no capítulo 24 do Evangelho de Mateus.
O que podemos fazer no presente momento é orar por todos os cristãos que estão sendo perseguidos. E, acima de tudo, fortalecer a nossa crença em Deus, para que — quando provações concernentes a nossa fé nos testarem — possamos vencê-las sem hesitações. Afinal, chegará o tempo em que também nós seremos perseguidos. Os planos maléficos de Satanás, no entanto, lograrão êxito apenas no presente momento, e enquanto durar esse iníquo e depravado sistema controlado por ele. Como consolo, lembremos que até mesmo Jesus e seus apóstolos foram perseguidos. Cristo falou: “Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós” (João 15:20b – Bíblia Sagrada Harpa Cristã). Ou seja, é bem possível que tenhamos que enfrentar essa provação também, em um futuro relativamente próximo.
Infelizmente, cristãos sempre foram arduamente perseguidos no decorrer da história. A China contemporânea é apenas um exemplo extremo, que se intensifica conforme a fúria de Satanás fica cada vez maior, porque seu tempo está se esgotando ao passo que nos aproximamos da era escatológica, em que a vindicação da soberania gloriosa de Deus será uma realidade, e as condições paradisíacas da Terra — perdidas em decorrência do pecado original — serão restabelecidas.
Por wagnerjohns12@gmail.com