China — A tirania totalitária determinada a erradicar todas as religiões

Por Wagner Hertzog

Nunca existiu liberdade religiosa na China, mas atualmente, as coisas estão piores do que nunca. Integrantes de todas as religiões estão sendo violentamente perseguidos, porque o PCC, o Partido Comunista Chinês, tem a pretensão de fazer do país inteiro um estado totalitário primariamente secular, onde o ateísmo marxista-leninista é reforçado como a política oficial de estado. Para conquistar este pernicioso propósito, o governo se lançou em uma violenta e desumana ofensiva contra todas as religiões. 

Cristãos, sem dúvida nenhuma, enfrentam hoje o período mais difícil na história humana para a edificação e a difusão da fé cristã. Embora desde que surgiu — com os ensinamentos e a mensagem de Cristo Jesus, o Filho Unigênito do Criador (João 1:1,2; 3:16) — a verdadeira crença espiritual sempre tenha encontrado ostensiva resistência e oposição, nunca antes na história o cristianismo foi tão brutalmente hostilizado como é hoje. Na China, o estado totalitário aumenta amargamente a repressão contra crentes pacíficos, que querem apenas orar e adorar ao Criador em paz. Igrejas estão sendo fechadas e demolidas, Bíblias estão sendo confiscadas, missionários estrangeiros estão sendo deportados, cristãos praticantes estão sendo encarcerados por sua fé em Cristo, e coagidos — muitas vezes sob tortura — a denunciar locais de adoração clandestinos, residências onde há culto cristão e irmãos na fé. Clérigos de determinadas congregações foram proibidos de fazer orações e entoar cânticos de louvor, e até mesmo ordenados a substituir ícones religiosos por retratos do imperador Xi Jinping. Ou seja, ao invés de usar seu tempo e seus recursos para perseguir criminosos, contraventores e pessoas efetivamente prejudiciais à sociedade, o governo chinês se lançou em uma mortífera e cruel cruzada contra pessoas pacíficas. 

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Quem conhece as
Escrituras Sagradas sabe muito bem porque isso acontece. Na verdade, todo o
sistema político mundial se propõe a ser um análogo maledicente da verdadeira
fé. No mundo contemporâneo, Jeová Deus e Cristo Jesus são substituídos por
políticos e burocratas, os mandamentos divinos são substituídos pela burocracia
legalista do estado, a congregação cristã é substituída por prefeituras,
câmaras municipais, departamentos e repartições governamentais e a Bíblia é substituída
pela constituição. O estado pretende tomar o lugar de Deus, e substituí-lo. Em
locais como a China, o agressivo totalitarismo de estado se propõe a usurpar
com maledicente virulência tudo aquilo que é de natureza sagrada e espiritual,
para se impor como supremo soberano sobre toda a sociedade.

Quem anda na verdade e
conhece as Escrituras sabe que isso acontece porque o mundo inteiro é governado
por Satanás, o diabo. Como está devidamente registrado nas Escrituras, “o
mundo inteiro jaz no poder do iníquo” (1 João 5:19); “o chamado Diabo
e Satanás (…) está desencaminhando toda a terra habitada” (Revelação
12:9); como o verdadeiro governante deste sistema, Satanás está disposto a
perseguir ativamente os cristãos, não apenas porque seu tempo como governante
deste sistema mundial maligno está se esgotando, mas porque ele pretende
efetivamente desencaminhar todos aqueles que não se sujeitaram a ele,
especialmente os cristãos, porque estes não veneram a ele, o senhor de tudo
aquilo que é depravado, degradante e iníquo, mas porque adoram ao Pai Celestial
“em espírito e verdade” (João 4:23). Lá no Jardim do Éden, depois de
desencaminhar o primeiro casal humano, Adão e Eva, Satanás afirmou que poderia
fazer o mesmo com todas as pessoas. Os cristãos que permanecem leais a Deus —
especialmente aqueles que o fazem sob circunstâncias difíceis, como perseguição
e proscrição, o que vem a ser o caso dos chineses — provam que Satanás, o
diabo, apesar de toda a sua agressividade e brutalidade, é incapaz de desencaminhar
todos os seres humanos.

Evidentemente, não são
apenas cristãos que estão sendo perseguidos na China. Diariamente, budistas são
assassinados na região do Tibete, muçulmanos são encarcerados, doutrinados e
torturados nos campos de concentração de Xinjiang, e membros da crença Falon
Gong são sequestrados e assassinados para terem seus órgãos internos retirados,
para alimentar o mercado negro do tráfico de órgãos humanos. O que o satanista
e totalitário governo chinês pretende é erradicar completamente a
espiritualidade da sociedade, para que o Partido Comunista Chinês possa se
insugir como soberano e absoluto sobre tudo e sobre todos. Sua proposta é,
definitivamente, assumir o lugar do Criador na vida das pessoas. 

Como bons cristãos,
devemos orar, e não nos apavorar. Conforme este sistema sórdido e iníquo for
chegando ao fim, a tendência da situação mundial — sobretudo para os cristãos —
será piorar, e não melhorar. Quanto aos cristãos chineses, devemos orar, e
pedir ao Pai Celestial que lhes dê espírito santo, para que tenham forças para
tolerar as injustiças e os abusos de que são vítimas. Devemos sempre nos
lembrar de que essa situação é passageira. Ao contrário do que a grande maioria
das pessoas pensa, por estarem sendo enganadas por Satanás, o diabo, seres
humanos não são fonte de autoridade, apenas o Pai é. E muito em breve, Ele
reivindicará a sua soberania nesse mundo, destruindo o maligno e depravado
governo de Satanás, restabelecendo o paraíso, perdido quando foi cometido o
pecado original.

Agora, mais do que nunca,
vivemos nos últimos dias do sistema de coisas (Mateus 24:3). O que acontece na
China é uma evidência contundente e incontestável de tudo o que fora
previamente explicitado nas Escrituras. As profecias estão se cumprindo, e
aproxima-se rapidamente o dia da vindicação da soberania de Jeová (Revelação
19:19-21).