Da redação
A Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão em Araguaína, Norte do Estado, a fim de desvendar supostos funcionários fantasmas na área da saúde local. A operação acontece nesta terça-feira, 19, e, conforme a Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic Núcleo Norte), vários profissionais da área de saúde estariam ocupando cargos, inclusive recebendo salários, porém sem comparecer ao local de lotação, causando prejuízo aos cofres públicos de pelo menos R$ 1 milhão.
Os mandados, expedidos pela Justiça em Araguaína, com parecer favorável do Ministério Público Estadual (MPE), são cumpridos em endereços residenciais e profissionais do médico e ex-secretário de saúde do Estado, Arnaldo Alves Nunes. A operação é mais um desdobramento da Catarse que investiga funcionários fantasmas em órgãos públicos e danos ao erário.
De acordo com a Polícia, Nunes atualmente é lotado no gabinete do secretário de saúde de Palmas, desde 2016, mas também exerce a função de diretor técnico no Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína. “A Deic-Núcleo Norte oficiou a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins e constatou que o investigado não possui frequência no referido órgão, mesmo recebendo normalmente seus vencimentos que perfazem o valor de R$ 32.634,00 mensais”, explicou os delegados José Anchieta e Bruno Boaventura.
A Polícia disse ainda que está comprovado o vínculo trabalhista com o Dom Orione, no entanto foi percebida a ausência do médico na prestação do serviço público. Tal crime é configurado como peculato (artigo 312 do Código Penal), supondo que Nunes teria se apropriado do dinheiro público de forma dolosa. A pena pode chegar até 12 anos de prisão, além da perda do cargo.
O prejuízo estimado aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 1 milhão, além do dano causado à saúde pública do Estado.
Com informações JTo