Da redação
Quatro pessoas foram ouvidas ontem (17), na Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo no inquérito que investiga a morte do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSD).
Três delas falaram sobre a carta que chegou às mãos da deputada na qual Lucas dos Santos, filho dela, muda sua versão sobre a morte de Anderson do Carmo e confessa participação no crime.
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O pastor foi assassinado em junho deste ano logo após chegar em casa, em Niterói, com a mulher, a deputada Flordelis.
Segundo a investigação, na carta Lucas dos Santos deu uma versão diferente para o crime e acusou outros dois irmãos. No entanto, diante do juiz, ele disse que copiou um texto que foi entregue pelo irmão Flávio dos Santos e pelo ex-PM, já que os três estavam presos na mesma unidade em Bangu 9.
No final da tarde, o advogado Anderson Rollemberg, que defende Flávio dos Santos, afirmou que seu cliente nega uma possível coação de Lucas dos Santos para escrever a carta que objeto da investigação da Delegacia de Homicídios. A defesa disse ainda que Flávio soube da carta quando estava no presídio, mas não teve participação no conteúdo produzido. Flávio dos Santos foi um dos primeiros a prestar depoimento à polícia nesta terça.
“O Flávio declarou que soube desta carta apenas por ?ouvir dizer?, ou seja, o Lucas [irmão preso] ter declarado dentro do presídio que teria escrito uma carta contando a versão verdadeira dos fatos. No entanto, não deu para Flávio ler. Flávio só tomou ciência que houve a escrita”, disse o advogado.
De acordo com o advogado, Lucas e a polícia é que devem esclarecer como a carta foi feita.
“E, realmente, estabelecer onde está a mentira. O Flávio não tem gerência sobre o conteúdo dessa carta”, afirmou o advogado de defesa.
(Com RedeTV)