Um jovem casal muçulmano teve uma experiência sobrenatural transformadora após ter fugido de sua casa, em Homs (Síria), em meio à guerra civil que já dura cinco anos no país.
De acordo com um relatório da Missão Internacional Portas Abertas (USA), Amir e Rasha fugiram de sua casa em Homs, em meio à guerra civil de cinco anos na Síria. Assim como milhares de outras pessoas, o casal procurou refúgio no Líbano.
“Desde 2012, vivemos em uma tenda”, disse Amir à organização. “Não é uma vida fácil, há cerca de um ano a mãe de minha esposa foi morta por um atirador quando saiu de sua casa, simplesmente para tomar ar fresco. O irmão de minha esposa foi morto quando estava a caminho de casa”.
Apesar de suas circunstâncias incertas, o casal revelou que estava cheio de esperança e alegria, após um encontro milagroso.
“Cerca de três meses atrás, tive uma visão de Jesus Cristo”, compartilhou Rasha. “Eu estava dormindo e de repente vi Jesus Cristo, vestido de branco. Ele disse: ‘Eu sou Cristo, você terá uma filha linda’. Eu estava grávida de oito meses, e um mês depois nós tivemos nossa bela filha”.
Na mesma noite, o marido também teve um sonho com um visão de Jesus. “Eu vi Jesus Cristo, vestido de branco, e ele me disse: ‘Eu sou o seu Salvador, você me seguirá”.
Depois de acordar, o casal tomou uma decisão corajosa e decidiu seguir aquele lhes trouxe palavras de conforto em seus sonhos.
“Decidimos segui-Lo. Nós colocamos o da nossa bebê de Cristina e abandonamos nossos velhos costumes islâmicos”, afirmou o casal.
Como vivem em um campo de refugiados predominantemente muçulmano, Amir e Rasha agora temem por suas vidas. Temendo ataquees de extremistas islâmicos, Rasha ainda se veste como uma mulher muçulmana, cobrindo sua cabeça um véu.
“Nosso clã é muito grande. Estamos com medo agora, eles podem nos matar”, disse ela. “Agora não temos um lugar fixo para viver, vamos sempre nos mudando de um lugar para outro”.
Amir acrescentou: “Nossa família [muçulmana] sabe que somos cristãos agora. Tornar-se cristão é, para eles, o mesmo que destruir a Kaaba [prédio sagrado, localizado em Meca] na Arábia Saudita. Isso acontece porque andávamos na escuridão e agora estamos na luz. Quero proteger a minha família”.
Por causa de sua fé cristã, o futuro do casal e sua filha permanece incerto: “Eu não tenho trabalho no Líbano, nossa situação financeira é ruim, porque nós somos cristãos. O outros não querem nos ajudar. A igreja está ajudando no que é possível”.
No entanto, a fé de Amir não se abalou: “O mais importante é que conhecemos Jesus Cristo e o temos como nosso Salvador”, acrescentou o homem. “Ele nos salvará, oramos sempre ao Senhor, o adoramos livremente e Ele nos protege. Deus está conosco, Deus resolverá nossa situação”.
Sonhos
Uma série de relatórios têm surgido no Oriente Médio, sobre muçulmanos que se convertem ao Cristianismo, depois de terem um encontro com Jesus em seus sonhos.
Segundo o apologista cristão Nabeel Qureshi disse ao ‘Christian Post’ estes fenômenos relatados por ex-muçulmanos podem ter uma explicação, para que Jesus tenha escolhido tal forma de lhes falar. Segundo o escritor, os sonhos são significativos para os muçulmanos.
“Nas culturas muçulmanas, em geral, as pessoas não acham que seja possível ter alguma comunhão com Deus”, disse ele.
“A comunhão e a ideia de que Cristo rasgou o véu são conceitos muito cristãos. Em muitas culturas o véu ainda não foi rasgado. No Islamismo, por exemplo, as pessoas não esperam que Deus lhes responda pessoalmente, já que entendem que o Espírito Santo não está vivendo neles. Elas pedem orientação a Deus através dos sonhos. É desta forma que os muçulmanos esperam ouvir a voz de Deus”.
“Quando alguém se volta para Deus pergunta: ‘Deus, você pode me falar mais sobre você?’ ou ‘Se você é Jesus, pode me mostrar isso em sonho?’, isso não é tão estranho assim … Isso é o tipo de coisa que os muçulmanos fazem”, acrescentou.
Mover
O pastor de uma igreja no Líbano disse à Portas Abertas que antes da guerra civil, era raro que um muçulmano se convertesse ao cristianismo. Agora, as conversões estão acontecendo a uma “frequência sem precedentes”.
“As igrejas mudaram muito por causa da crise dos refugiados no Líbano”, disse ele. “Deus está trabalhando de uma maneira especial. Vemos muitos crentes novos sendo batizados. Nos próximos anos, nós [cristãos de origem] seremos a minoria e os crentes de outras origens serão a maioria”.
Guiame