Da Redação JM Notícia
A escola Paraíso do Tuiuti se apresentou no Sambódromo com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?” falando sobre os 130 anos do fim da escravidão no Brasil, mas criticando desigualdade social, a exploração do trabalho rural e em oficinas industriais, e o trabalho informal.
Nesse gancho, resolveram atacar a reforma trabalhista proposta e aprovada pelo governo de Michel Temer que foi representando como o vampiro “Drácula” que vestia a faixa presidencial durante o desfile. O professor de história Leo Morais, 39, que interpretou o Drácula no desfile disse à AFP que o “papel das escolas de sampa é reivindicar a voz das pessoas mais pobres”.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, também foi criticado por uma escola de samba por ter reduzido pela metade a verba pública que mantinha as escolas do grupo especial da cidade.
Por conta disto, a escola Mangueira transformou o prefeito do Rio Marcelo Crivella em boneco de Judas com uma faixa que dizia: “Prefeito, pecado é não brincar o carnaval”. A frase é uma crítica à religião do prefeito que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.
O Carnaval do Rio custava R$ 26 milhões aos cofres públicos, verba destinada apenas para as escolas de samba. Ao anunciar o corte, meses depois de assumir a prefeitura, Crivella resolveu destinar metade desse valor para a criação de novas creches.
Sem a verba da prefeitura, as escolas precisaram contar com o apoio da iniciativa privada e este foi o Carnaval com o maior investimento da história: R$ 35 milhões.