O Carnaval de 2024 foi marcado por diversas polêmicas envolvendo representações consideradas ofensivas por comunidades cristãs. Um dos episódios mais notórios ocorreu em Porto Alegre, onde um participante de um bloco carnavalesco realizou uma performance vestido como Jesus Cristo, realizando um striptease até ficar apenas de fio-dental, ao som da marchinha “Vamos tirar Jesus da cruz”. A apresentação gerou indignação entre líderes religiosos e fiéis, que a classificaram como desrespeitosa e ofensiva à fé cristã.
Além disso, a cantora e pastora Baby do Brasil causou controvérsia ao declarar, durante uma apresentação no Carnaval de Salvador, que o “arrebatamento” poderia ocorrer em breve, mencionando que “todos atentos porque nós entramos em Apocalipse”. A afirmação gerou debates sobre a relação entre religião e festividades carnavalescas.
Em 2025, novas polêmicas já começaram a surgir. Recentemente, a modelo Débora Peixoto anunciou sua desistência de desfilar pela escola de samba Salgueiro devido ao enredo da agremiação, que aborda religiões de matriz africana. Débora afirmou que sua decisão foi motivada por seus “valores cristãos muito fortes” e pelo receio de decepcionar sua família e comunidade religiosa. A escola de samba, por sua vez, contestou a versão da modelo, alegando que ela foi afastada após sucessivas faltas nos ensaios.
Diante desses episódios, há preocupações de que novas controvérsias possam ocorrer no Carnaval deste ano. A tensão entre expressões artísticas e sensibilidades religiosas permanece um tema delicado, e é provável que debates sobre respeito e liberdade de expressão continuem a surgir durante as festividades.