Da Redação JM Notícia
As religiões candomblé e umbanda podem ser reconhecidas como patrimônio cultural do Brasil, como pede o Ministério da Cultura (MinC). Na última semana o ministro Sérgio Sá Leitão se reuniu com representantes de religiões de matrizes africanas no Rio de Janeiro para tratar sobre o assunto.
O encontro tinha como tema “O lugar da tolerância religiosa e da religiosidade de matriz africana nas políticas culturais”, debatendo a intolerância religiosa praticada contra essas religiões.
Os organizadores do encontro, apresentaram uma agenda com sete propostas dos terreiros, fazendo com que o ministro se comprometesse a constituir um grupo de trabalho integrado entre representantes do MinC e representantes dessas entidades.
Além de reconhecer o candomblé e a umbanda como patrimônio brasileiro (trabalho feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan), os líderes religiosos também pedem que as duas religiões sejam inscritas como patrimônio mundial.
Bancada Evangélica questiona decisão
Segundo o jornalista Lauro Jardim, esse encontro entre o ministro da Cultura e líderes de religiões de matrizes africanas gerou descontentamento entre os parlamentares da bancada evangélica.
O deputado Sóstenes Cavalcante, por exemplo, questionou que outras religiões, como o Kardecismo, também deveriam ter o mesmo tratamento.
“Laicidade do Estado exige tratamento paritário. Se uma religião pode ser patrimônio imaterial do Brasil, todas as outras, pelo princípio da isonomia, também deverão ser”, declarou.