Redação JM Notícia
Ao contrário dos últimos anos, o número de pastores candidatos que usam o título nas urnas caiu 75% nas eleições municipais de 2020 se comparados ao ano de 2016.
Em todo o país, apenas 816 candidatos se identificam na propaganda eleitoral e na urna como “pastor” ou “pastora”. Outros 75 fazem referência à fé evangélica de forma mais abrangente, como por exemplo, “irmão”.
As informações foram coletadas pela revista Época que listou alguns nomes curiosos que estão sendo usados por religiosos nas eleições deste ano: “pastor dançarino”, “pastor potente”, “pastora Deusa”, “pastor João Gato”, “pastor do açaí”, “pastor Manoel do céu”, “pastor dançarino”, “pastor Jesus”, “irmã Betânia do pastor Jorge” e “Aliete filha da pastora Abadia”.
Mesmo com o aumento significativo do número de evangélicos no Brasil, o número de candidatos que usam cargos religiosos apresenta uma queda pela primeira vez nas últimas eleições.
Em 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicou que houve, entre candidatos a prefeito e vereador, 3.316 concorrentes que utilizaram o título “pastor” no nome da campanha, um aumento de 25% em relação a 2012.
Enquanto isso, o número de candidatos militares cresceu muito, são 7.258 pessoas pleiteando uma vaga de prefeito, vice-prefeito ou vereador em todo o país.
O aumento dessas candidaturas também é de 12,5% em relação à eleição de 2016. Esses números, no entanto, podem ser ainda maiores, segundo especialistas, porque há casos de policiais ou militares que se autodeclaram apenas servidores públicos.