Da Redação JM Notícia
Nesta segunda-feira (11) os países membros da ONU votaram uma série de resoluções, entre elas uma recomendação do Vaticano que pedia a proteção dos nascituros e da “família formada por marido e mulher”.
O Brasil participou da Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas rejeitou se comprometer em “proteger a família natural e o casamento, formado por marido e mulher, como a unidade fundamental da sociedade, e também os nascituros”.
Era assim que estava escrito na recomendação feita pelo Vaticano, semelhante a revisão de 2012 que teve apoio do governo brasileiro na época, mas que agora não faz mais parte das prioridades do país.
Para o jornal Folha de São Paulo, o coordenador da ONG Conectas, Caio Borges, declarou que rejeitar a proposta foi positivo para a população LGBT. “É positivo que o Brasil tenha rejeitado recomendação claramente discriminatória do Vaticano contra as populações LGBT e contra as mulheres. Com essa proposta, o Vaticano pretendia barrar o casamento igualitário e o direito ao aborto mesmo nos casos já previstos por lei”, disse.
O Itamaraty ainda não explicou seu posicionamento sobre o caso, nem tão pouco explicou as demais recomendações que foram rejeitadas que são: o restabelecimento da democracia na Venezuela; a crítica ao “golpe de Estado parlamentar contra Dilma Rousseff”; a interrupção do congelamento dos investimentos sociais por 20 anos; e que os candidatos nacionais para órgãos da ONU fossem selecionados por um processo transparente e baseado em mérito.