Da redação JM
A mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, em Israel, “está em banho-maria”, segundo afirmou o presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que refletiu e concluiu que o Brasil precisa considerar seus interesses em outros países da região, inclusive no comércio exterior.
Bolsonaro não citou o chanceler Ernesto Araújo na tomada de decisão tão importante, e sim as ponderações da ministra Tereza Cristina (Agricultura).
Bolsonaro está convencido de que o governo de Israel compreenderá sua decisão de promover essa mudança “no seu devido tempo”. O presidente disse que se Trump levou oito meses para transferir sua embaixada para Jerusalém, o Brasil não faria isso em menos tempo.
A decisão americana foi tomada pelo Congresso no governo Clinton e adiada pelos presidentes seguintes, até que Trump decidiu cumpri-la.
Promessa
A mudança da embaixada para Jerusalém foi promessa de campanha de Jair Bolsonaro, mas até agora o presidente ainda não deu nada por definitivo.
Ainda em janeiro, o deputado federal Takayama falou ao JM Notícia sobre a possibiliade de o Governo não realizar essa mudança.
O deputado pastor Takayama, que era líder da Frente Evangélica na Câmara dos Deputados, afirmou que toda bancada evangélica e católica tem a convicção de que a mudança deve ser realizada, mas que motivado por “questões práticas” apontadas pela equipe de governo, Bolsonaro poderia não mais realizar a transferência.
Em entrevista ao jornal israelense Hayon no mês de novembro de 2018, o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou que seguiria o exemplo dos Estados Unidos em mudar a Embaixada brasileira de Tev Aviv, para Jerusalém.