Da Redação
Embates nos Tribunais e nas redes sociais acirram os ânimos dos que defendem o continuísmo e dos que defendem mudanças na direção da Entidade.
As equipes concorrentes estampadas em folders foram articuladas e montadas ao estilo do toma lá dá cá. Como na política secular. “Sua convenção me apoia, em troca você fará parte da minha chapa, ou seja, equipe”. “Se eu for eleito vou te dar a Presidência de tal Conselho”. “Em troca disso você me arruma mil votos”, e assim por diante. O Pastor Cícero Tardim, porém, e outros candidatos saem por fora, já que, conforme o Artigo 15, a disputa é cargo a cargo e não por chapa.
No último pleito em Brasília a maioria não seguiu orientação “chapa fechada”. Quase metade dos membros da Mesa Diretora que elegeu o Pastor José Wellington pertenceu á chapa do Samuel Câmara. Agora mesmo, no curso do pleito atual, segundo informações obtidas pelo JM Notícia das 16 Convenções do Nordeste que apoiam Wellington Júnior, 13 Convenções fecharam acordo para fritar um 3º Secretário da chapa, homologando apoio a um candidato fora de chapa, que é o Pastor Everaldo da Paraíba.
UMADENE
O Presidente da UMADENE, (União das Convenções do Nordeste), apesar de declarar apoio ao pastor Wellington Júnior, “teria” permitido que um dos seus subordinados, homem da sua confiança, Pastor Eduardo, saia candidato na equipe do Pastor Samuel Câmara.
COMADESMA
Uma das maiores lideranças do Maranhão diz apoiar Wellington Júnior, pastor Raul Cavalcante, vice-presidente da Convenção Comadesma, permitiu que seu filho saia na equipe do Pastor Samuel Câmara, a saber, o Pr. Raul Cavalcante Júnior. Já o Presidente da maior Convenção da Bahia, Pastor Waldomiro diz apoiar Wellington Júnior, mas lançou seu irmão que é seu vice na Convenção do Estado, mas na chapa do oponente Câmara no cargo de 3º vice-Presidente, a saber, o Pastor Joeser Santana, presidente da Assembleia de Deus em Feira de Santana na Bahia.
COMADERJ
No Rio de Janeiro, o Pastor Nilson O abençoado sai por fora da equipe, mas tem apoio da COMADERJ e apoio branco de quase a metade da CEADER. Pastor Manuel saiu como terceiro Tesoureiro fora de equipe, mas tem apoio maciço da CEADER.
SÃO PAULO
Em São Paulo um Pastor que dirige uma congregação do Belém, Alexandre Guedes, sofre pressão de seu Setorial, mas sai por fora concorrendo a 3º Tesoureiro secretário. E o Pastor Jesiel Padilha concorre a 4º vice Presidente, angariando apoio de diversos Presidentes no interior e até da Capital, no Estado que tem o maior colégio eleitoral de inscrições. Além de outras Convenções estaduais que o apoiam.
O Pastor Tardim, apesar de ser desconhecido, pode se tornar o Severino da CGADB, como no Congresso Nacional, caso os advogados do Pastor Wellington Júnior não consigam derrubar a liminar que impugna sua candidatura. Outra liminar no Estado do Amazonas acaba de declarar nula a decisão da comissão eleitoral que homologou a candidatura do Pastor Wellington Júnior e o afastamento de dois promotores de justiça que pertenciam a Comissão eleitoral. Um deles chegou levar reprimenda da corregedoria do Ministério Público, tipo: para de fazer política e vai trabalhar na sua roça, pois para isso você é pago.
Pastor Wellington Júnior apesar de obter vitória esmagadora no número de inscrições, amarga decepção pelas liminares que impugnam sua candidatura. A comissão eleitoral manteve os dados de inscrição por 14 dias a sete chaves, por ocasião do encerramento das inscrições. Não permitindo que a equipe do Pastor Câmara obtivesse acesso aos dados, descumprindo acordo judicial e aguçando o ódio dos oponentes. Agora, Wellington Júnior, que poderia estar fazendo campanha a todo vapor, por onde passa, tem que dar explicações do tipo: por que não desincompatibilizou, evitando usar a máquina da CPAD para se eleger. E por que a assessoria permitiu que caísse numa armadilha.
JOSÉ WELLINGTON ABATIDO
De acordo com fontes do JM Notícia, na última reunião com lideranças do do Ministério Belém para dar explicações sobre se continua ou não na disputa pela presidência da CGADB, pastor José Wellington Júnior estaria com semblante abatido, voz embargada e gaguejando. Iniciou dizendo que era muito ansioso, mas que agora Deus já o estava confortando e que realmente a oposição o havia impugnado judicialmente, mas Deus havia prometido que ele seria o Presidente da CGADB. No final da fala, porém, ao concluir, caiu em contradição dizendo que estava pronto para aceitar a vontade de Deus, ou seja, a decisão da Justiça sobre sua impugnação. Um áudio em que ele confirmava a sua impugnação foi divulgado com exclusividade pelo JM Notícia. Ouça
Com essa indefinição e uma enxurrada de compartilhamentos e comentários nas redes sociais, a disputa fica mais acirrada e agressiva do que torcida de time de futebol. Os que torcem pela equipe do Pastor Wellington Júnior satanizam opositores, destratam desafetos e não param de fazer comentários ofensivos. Os que torcem por Samuel de igual forma. Existem debatedores em grupos de redes sociais pagos pelos seus mandatários, tipo pitbull.
Hoje, porém, a quatorze dias da impugnação na Comarca de Corumbá- GO. Parece cada dia mais difícil derrubar a liminar. Segundo apurado, o Artigo 11 do Estatuto da CGADB diz que não pode ocupar cargo na Presidência da CGADB quem dirige a CPAD, mas não fala de desincompatibilizar. No Artigo 15, porém, amarra dizendo que os impedidos no 11 não podem concorrer. O advogado Abiezer que redigiu o Edital, também fez essa interpretação e diz com todas as letras que diretores da CPAD não podem nem concorrer. O próprio Lorenzeti, Presidente da Comissão eleitoral e promotor público, declara por oficio que a candidatura do Wellington Júnior está nula caso não comprove o afastamento. Mas tira esse oficio dos autos e dá prazo para Wellington Júnior comprovar seu afastamento.
Wellington que já havia tido sua candidatura homologada pela comissão no dia 19 de Setembro, apavorado, assina um oficio pedindo licenciamento no dia 18 de Outubro, mas com data retroativa a 2 de agosto, criando assim um angu de caroço que só a justiça poderá digerir, dirimindo o impasse.
Os advogados do Belém divergem sobre como atuar. Uns dizem que tem que entrar com efeito suspensivo alegando a competência do foro. Outros acham que tem que postergar evitando até a intimação. Há os que preferem derrubar logo a liminar para evitar o sangramento do candidato e a indefinição até o dia 9 de Abril. Mesmo que derrube a liminar a decisão do mérito irá ocorrer após as eleições. E mesmo que recorra ao STJ, apesar de ser mais fácil de mudar a decisão, não tem efeito suspensivo automático. Os advogados terão que pedir o efeito suspensivo, acarretando o efeito dança das cadeiras. Hora um estará na cadeira, hora outro assumirá a cadeira.
No entanto, os advogados do Wellington Júnior têm deixado escapar que será muito difícil reverter. Inclusive já se cogita até apoio ao Tardim por vingança, já que a equipe do Wellington tem inscrições de sobra para decidir, exceto, se o Juiz de Saquarema-RJ acatar ainda essa semana a impugnação de 10.400(dez mil e quatrocentos) inscritos aleatoriamente supostamente sem o consentimento dos titulares, com supostos e-mails falsos e números de telefones que não existem. Diante dos fatos aqui elencados, muitas conjecturas surgem nos bastidores da sede do Belém, visando alternativas para sair do enrosco, como:
1º Anular a AGO
2º Desvincular CPAD da CGADB e abrir outra Convenção
3º Em último caso, apoiar Tardim, por revanche. No entanto, são apenas especulações. Vamos orar e esperar as cenas dos próximos capítulos.