Amastha “fora” das eleições de 2018 e a reação de Marcelo Miranda
Esta semana chegou aos bastidores que o prefeito de Palmas, Amastha (PSB) recuou em disputar o governo do Tocantins e já estaria sonhando em disputar uma cadeira no Senado em 2018.
No entanto, o prefeito Carlos Amastha (PSB) levou um duro golpe essa semana após “não” conseguir reverter em Brasília os votos dos parlamentares contra a admissão da Proposta de Emenda à Constituição no 306/2017, que altera a redação do § 3º do art. 12 da Constituição Federal, para inserir no rol de cargos privativos de brasileiros natos o de Senador da República, de Governador e Vice-Governador e de Ministro das Relações Exteriores.
Com o parecer favorável da relatora, deputada Soraya Santos, a PEC foi admitida na Comissão de Constituição e Justiça, tendo apenas três votos contrários, sendo eles: Rubens Pereira Júnior, Chico Alencar e Jorginho Mello.
Ao JM Notícia, a deputada Dorinha Seabra (DEM) afirmou que a PEC é uma tolice: “Não precisa desta PEC por causa do Amastha”, disparou Dorinha.
Segundo a parlamentar, “agora os partidos irão indicar representantes, para depois ser instalada Comissão Especial”. Para que o prefeito seja impedido de disputar o Governo ou Senado, a PEC precisa ser aprovada até meados de dezembro deste ano.
Em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, o deputado Carlos Gaguim afirmou ser favorável à PEC: “nós somos, sim, favoráveis a essa PEC, não só em relação à questão do Prefeito da Capital, Palmas, mas em relação à soberania nacional”.
“Já imaginaram se os bolivianos, os paraguaios, os uruguaios e os colombianos começam a vir para cá, para o Brasil, conseguem sua nacionalidade e resolvem se candidatar? Daqui a pouco vamos ter aqui 20 Governadores do Paraguai, 10 da Colômbia, e o povo brasileiro sem nenhuma proteção. É nesse sentido que fazemos este alerta na tribuna”, disparou Gaguim.
Segundo informações de um parlamentar de Brasília, a previsão é de que o projeto seja aprovado em todas as etapas até outubro deste ano. Com isso, o prefeito não poderá disputar nem o governo, e muito menos uma cadeira no Senado. Ele terá que se contentar, se quiser, com uma cadeira na Câmara dos deputados, caso consiga votos para tal.
MARCELO REAGE
O governador Marcelo Miranda tem demonstrado nos últimos dias que não está morto para o processo eleitoral de 2018. Com dois anos de governo praticamente estagnados, sem inauguração de obras etc, ele resolveu nos últimos dias mexer o xadrez, e mostrar que está “vivo”.
Mais ativo nos noticiários do Tocantins, Marcelo Miranda nomeou para os seus quadros de auxiliares: João Emídio, ex-presidente da ATM, na secretaria estadual de Articulação Política e Manoel de Pula Bueno, que foi nomeado esta semana como subsecretário de Articulação Política do Governo do Estado.
Quem passou a integrar também o governo Marcelo Miranda, foi o ex-prefeito de Carmolândia Sebastião de Gois Barros, o Bastim. Ele foi nomeado Gerente de Apoio Administrativo, também na Secretaria de Articulação Política.
Para varrer apoio para dentro, Miranda deve ceder espaços, ou melhor, cargos para sete deputados federais, entre eles, César Halum e Vicentinho Alves.
ROMPENDO ALIANÇAS
Quem rompeu com o governador Marcelo Miranda esta semana foi o Partido dos Trabalhadores. Em entrevista ao JM Notícia, Paulo Mourão, ex-líder do governo na Assembleia Legislativa, demonstrou insatisfação com a aliança feita com o PR do senador Vicentinho Alves. Segundo Mourão, Marcelo Miranda priorizou o PV e o PR para 2018.
No mesmo dia em que anunciou rompimento, Mourão disparou contra Miranda e cobrou transparência do governo.
SEM VOLTA
Após anunciar rompimento com Amastha, o vereador Vandim da Cerâmica (PSDC) esteve reunido esta semana com o prefeito. No entanto, segundo ele, foi para tratar pautas da Casa de Leis.
Questionado pelo JM Notícia se ele pretende retornar ao Governo Amastha, Vandim disse que o caminho é sem volta: “Não há nenhuma possibilidade”.
PSC
O PSC do vereador Filipe Martins (PSC) ainda não fez a indicação do novo subprefeito da região sul, depois que o ex-vereador João Campos (PSC) pediu exoneração do cargo.
A grande pergunta que corre nos corredores da Câmara de Palmas é qual o posicionamento que o PSC irá tomar daqui pra frente: Governo ou oposição?
DEPUTADOS QUEREM CARLESSE NO PALÁCIO
Um grupo aproximado de 15 parlamentares já se reuniu para definir um nome da Casa para disputar o governo do estado. O nome do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse, foi consenso entre todos os parlamentares. A informação foi confirmada ao JM Notícia pelo deputado Wanderlei Barbosa.
CLÁUDIA LELIS NA ASSEMBLEIA
A vice-governadora Cláudia Lelis (PV) cogita disputar uma cadeira de deputada na Assembleia Legislativa do Tocantins, caso não consiga se manter na vice-governadoria nas eleições de 2018.
Se Claudia Lelis conseguir essa proeza e ficar na majoritária, o nome que pode se tornar a bola da vez dentro do PV é o do ex-presidente da Câmara de Paraíso do Tocantins, Nando Milhomem, como candidato a deputado estadual.
Câmara de Palmas
Tem vereadores de Palmas reclamando da diretoria de comunicação da Câmara da capital. É que a Casa estaria praticamente “privilegiando” os governistas nas publicações institucionais da Casa.
POUCAS CADEIRAS, MUITOS NOMES
A briga por uma cadeira no Senado não será nada fácil. Figuras como o ex-governador Siqueira Campos, deputado Eli Borges (Pros), deputado César Halum (PRB), Ronaldo Dimas, prefeito de Araguaína (PR), Laurez Moreira (PSB), prefeito de Gurupi, e Irajá Abreu (PSD), são alguns dos nomes que pretendem ocupar uma cadeira em 2019.
Caso não passe a PEC nº 306, há a possibilidade de o prefeito Carlos Amastha vir a disputar uma cadeira do Senado.
ARAGUAÍNA
Em Araguaína, região norte do Tocantins, pelo menos três vereadores devem disputar uma vaga na Assembleia Legislativa: Terciliano Gomes, presidente da UVET – União dos Vereadores do Tocantins, Marcus Marcelo, presidente da Câmara e o vereador Divino Bethânia.