Bancada evangélica se levanta para defender conservadores e barrar pautas progressistas

Na foto, Eli Borges, deputado federal pelo Tocantins e presidente da Bancada Evangélica. Foto: Reprodução Internet

 

A Frente Parlamentar Evangélica anunciou a rotatividade na presidência da sua estrutura. Dois deputados federais se revezarão no cargo a cada seis meses: Eli Borges (PLTO) e Silas Câmara (RepublicanosAM). O primeiro assumiu na última quartafeira e ficará na presidência até o mês de julho, quando o segundo toma o lugar.

Sem Bolsonaro no poder, a bancada que desfrutou de um grande protagonismo nas duas casas legislativas e no Executivo, devido a uma conjuntura que defendia pautas conservadoras como o combate ao aborto e à proibição do uso de drogas, agora viverá em um momento totalmente diferente, tendo pela frente um governo de valores contrários ao segmento que representa. No entanto, de acordo com o novo presidente da frente evangélica, mesmo estando “fora do poder”, sua firmeza na defesa dessas pautas não será reduzida.

Leia: Nova gestão: Eli Borges e Silas Câmara vão revezar presidência da Frente Evangélica

Embate democrático pelos valores

Eli Borges, da Frente, falou ao Correio Braziliense que a Frente respeita as autoridades, mas as tratativas são sempre institucionais e não individuais. Ele disse que eles não estão nobalcão do poder para negociar suas pautas, mas que tudo é feito de maneira respeitosa. Borges afirmou que a firmeza na defesa dessas pautas não será amenizada.

Eli e Silas manifestaram seu apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. No entanto, o deputado do Republicanos foi acolhido como um dos favoritos da base governista para ocupar a presidência da bancada evangélica. Na quartafeira, em seu primeiro discurso aos parlamentares, Eli Borges enfatizou que a Frente Evangélica tem como objetivo combatar uma série de ideologias. Ele reiterou que deverão ser tratados de forma equilibrada e institucional.

Os evangélicos são esperados para ativamente se oporem a temas relacionados à identidade, como aborto e direitos para pessoas LGBTQIA. Eles devem dar prioridade a essas pautas e se posicionar de forma clara e firme.

Com Correio