Da redação JM
O pastor presbiteriano Augustus Nicodemus abriu o coração e declarou todo seu amor por sua amada esposa, Minka Schalkwijk Lopes, pelo aniversário de 35 anos de casamento. Nicodemus falou do contraste entre os dois quando se conheceram, mas que não impediu de serem hoje uma família abençoada e terem um casamento de sucesso:”Tínhamos tudo para não dar certo“, disse ele.
O casal celebrou no último dia 17 exatos 35 anos de casados.
“Eu me apaixonei por ela quando a vi pela primeira vez, linda, alta, elegante, num encontro de jovens no navio Doulos, então atracado no porto de Recife“, revela o pastor que afirma que pensava ter o dom do celibato, até que conheceu Mika.
“Vê-la dissipou minha convicção de que eu tinha o dom do celibato e que não queria casar. Eu descobri que queria casar, sim, e com ela! Essa paixão com os anos foi virando amor, apaixonado, diga-se“, conta o pastor na postagem feita no Facebook e que viralizou nas redes.
Augustus Nicodemus destaca que mesmo com as lutas que todo casal enfrenta alcançou hoje um relacionamento sólido e feliz, pois foi Deus quem o uniu a Minka. “Continuo hoje tão apaixonado pelos olhos azuis quando eles me viram pela primeira vez”.
A declaração do pastor emocionou a todos seus seguidores e foi sucesso de audiência nas redes sociais.
Confira:
ACREDITO EM AMOR À PRIMEIRA VISTA
Ontem Minka e eu celebramos 35 anos de casamento. Tínhamos tudo para não dar certo. Eu, nordestino, desviado do Evangelho até os 23 anos, vida devassa e dissoluta, acostumado a gastar com o que queria ter, com gostos totalmente diferentes dos dela: rock, cinema, velocidade e buchada de bode. Ela, holandesa, filha de missionários, criada em meio a 7 irmãos e irmãs, controlada nos gastos, nunca se desviou do Evangelho, chamada para ser missionária entre os índios. Filme predileto dela na década de 70, A Noviça Rebelde. O meu, O Exterminador do Futuro. Quando casamos descobrimos que também tínhamos diferenças quanto à criação de filhos, orçamento doméstico e romance.
Obviamente, sendo tão diferentes, tivemos brigas, discutimos, ficamos chateados e com raiva um do outro. Muito mais de uma vez fomos dormir sem conseguir orar juntos. Contudo, aqui estamos, ainda casados após três décadas e meia. O que nos manteve juntos todos esses anos? Por que, apesar das dessemelhanças, eu sinto que hoje amo a Minka mais do que quando a tomei pela mão em 17 de dezembro de 1983?
Eu me apaixonei por ela quando a vi pela primeira vez, linda, alta, elegante, num encontro de jovens no navio Doulos, então atracado no porto de Recife. Vê-la dissipou minha convicção de que eu tinha o dom do celibato e que não queria casar. Eu descobri que queria casar, sim, e com ela! Essa paixão com os anos foi virando amor, apaixonado, diga-se. Não pretendo aqui explicar a longevidade de nosso casamento com as virtudes costumeiras: sinceridade, sacrifício, vida de oração juntos, disposição para perdoar, reconhecimento dos próprios erros, paciência e humildade. Houve de tudo isso, e continua havendo. Mas não posso negar que é aquela convicção, a qual encheu meu coração quando a vi pela primeira vez, que mais do que qualquer outra coisa tem me mantido não somente casado com ela, mas feliz e contente. E só posso atribuir isso à Deus, que primeiro uniu meu coração àqueles lindos e brilhantes olhos azuis e mais tarde à dona desses olhos.
Não creio que minha experiência de amor à primeira vista exemplifique a maneira costumeira de Deus agir para unir homem e mulher em casamento. Eu sei dos casos de casamentos felizes e duradouros arranjados pelos pais no período patriarcal e modernamente em algumas culturas. Sei também que muitos casamentos felizes foram decididos com base no reconhecimento de interesses comuns e disposição mútua de constituir uma família. No meu caso, foi amor à primeira vista. Continuo hoje tão apaixonado pelos olhos azuis quando eles me viram pela primeira vez.
Feliz aniversário de casamento, amor!