Atiradores matam pastor e fieis durante culto em Burkina Fasso

Da redação JM

Atiradores abriram fogo dentro de uma igreja no norte de Burkina Faso, matando ao menos seis pessoas, informaram as autoridades locais nesta segunda-feira, 29.

Os criminosos chegaram ao local em sete motocicletas já no final da missa do domingo 28 e dispararam contra o pastor, dois de seus filhos e três outros fieis, no primeiro ataque contra um espaço religioso desde a ascensão das ações terroristas no país africano.

Desde 2016, jihadistas da al-Qaeda, do Estado Islâmico (EI), e do grupo local Ansarul Islam mantêm redutos na região aumentando o número de ataques de 12 para 158 em apenas dois anos, de acordo com o projeto Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (Acled).

O atentado de domingo atingiu a igreja protestante da pequena cidade de Silgadji, próxima a Djibo, capital da província Soum, por volta do meio dia no horário local (9h no horário de Brasília). O número de terroristas envolvidos não foi revelado e nenhum grupo se responsabilizou pela ação até o momento.

Grupos islâmicos vêm sido culpabilizados por diversos ataques no país nos últimos anos e este já é o terceiro incidente nas últimas semanas, segundo informações da BBC. Na sexta-feira 26, cinco professores foram mortos no leste do país em outro atentado atribuído aos jihadistas e um padre católico sequestrado por terroristas há um mês continua desaparecido.

Ameaça mundial

O caso de Burkina Faso é mais um dos massacres por intolerância religiosa a marcar 2019.  No domingo de Páscoa, uma série de explosões em hotéis de luxo e igrejas do Sri Lanka deixou 253 mortos e pelo menos 500 feridos.