Pelo menos 11 pessoas morreram, entre elas um homem-bomba, e outras 41 foram feridas (entre elas, dois policiais) em três ataques com explosivos contra igrejas cristãs que ocorreram na madrugada deste domingo, 13, na cidade de Surabaia, a segunda maior da Indonésia, segundo fontes oficiais.
O porta-voz da polícia de East Java, Frans Barung Mengera, disse à televisão regional MetroTV que as bombas explodiram de manhã no horário local, durante a missa dominical, com pouca diferença de tempo e os alvos eram uma igreja cristã, uma igreja protestante e uma pentecostal.
A primeira das explosões ocorreu na Igreja Católica Santa María, na ilha de Java, oeste da Indonésia, onde quatro pessoas morreram (incluindo o autor do ataque). Imagens de um vídeo compartilhado em redes sociais mostra muma moto entrando na igreja e, momentos depois, há uma explosão dentro do prédio. Logo após, houve explosões na igreja protestante da Rua Diponegoro, onde duas pessoas morreram, e depois na Igreja Pentecostal da Rua Arjuno, onde houve mais duas fatalidades.
A nona vítima morreu ao chegar a um hospital. As autoridades não especificaram onde a décima pessoa morreu. Além disso, a equipe de desativação de dispositivos explosivos da Polícia Nacional neutralizou uma bomba fora da igreja em Diponegoro.
Imagens na televisão mostram centenas de tropas da polícia e a unidade anti-terrorista indonésia do lado de fora de diferentes centros religiosos, onde é possível ver motocicletas e carros queimados, além de vidro quebrado.
O ataque acontece cinco dias após um grupo de prisioneiros matarem cinco policiais durante um motim com reféns em uma prisão de segurança máxima ao sul de Jacarta, que durou perto de 36 horas e em que um dos prisioneiros também morreu, um condenado terrorista.
O porta-voz da polícia disse que a identificação das vítimas será feita durante a revisão do número de mortos, que ainda pode aumentar, e a identidade dos mentores dos ataques é investigada.
Um porta-voz da inteligência do país afirma que o principal suspeito de ter planejado o ataque é o grupo Jamaah Ansharut Daulah, inspirado no Estado Islâmico. A Indonésia, um país de maioria muçulmana, onde 88% dos mais de 260 milhões de habitantes praticam o Islã, estabelece o máximo alerta nas semanas antes do Ramadã, que começa dentro dois dias, porque são datas escolhidas por jihadistas para cometer ataques.
O país asiático tem histórico ataques jihadistas, incluindo o ocorrido na ilha turística de Bali, em 2002, que causou 202 mortes./AFP, EFE e Reuters