Da Redação JM Notícia
A Associação de Juristas pela Democracia (ABJD-TO) ajuizou na Câmara Municipal de Palmas, na manhã desta segunda-feira (23), o pedido de cassação do vereador Filipe Martins (PSC) por conta do proposta que alterou o nome da creche Arco-Íris.
O documento protocolado no gabinete do vereador Folha Filho (PSD) diz que Martins “quebrou o decoro parlamentar ao propor a modificação do Centro de Educação Infantil Arco-Íris baseado em preferência pessoal”.
Filipe Martins apresentou o pedido para mudança do nome por acreditar que o símbolo do arco-íris tem sido muito utilizado pelo movimento LGBT, logo, ele como defensor da família tradicional, sugeriu que o CMEI homenageasse uma moradora da região Sul da capital, Romilda Budke Guarda. O projeto foi aprovado na Câmara e sancionado pela prefeita Cínthia Ribeiro.
Por conta do pedido de mudança, o parlamentar, que é evangélico, passou a ser criticado por entidades que defendem os direitos LGBTs, sendo, inclusive, alvo de notas de repúdio por parte do Grupo LGBT do Tocantins e também a OAB.
O caso da troca de nome ganhou repercussão nacional e o vereador passou a ser atacado. “Como eles [LBGTI] usam o arco íris em tudo, achei que o nome da escola fazia apologia a homossexualidade”, se justificou Martins ao JM Notícia.
O parlamentara afirmou ainda que seu projeto de lei passou por todas as etapas, desde as comissões internas, até chegar nas mãos da prefeita Cínthia Ribeiro que sancionou o projeto e o tornou lei. Logo, não foi uma decisão apenas dele. “Estou fazendo a coisa certa”.
Na visão da ABJD-TO, porém, a atitude do vereador foi grave, pois justificar a mudança de nome acreditando que o arco-íris fosse propagar a homossexualidade “é estripar a dignidade humana daqueles que possuem essa orientação sexual”.
O órgão destacou no pedido que toda essa situação fez Palmas se tornar “uma chacota nacional”, pois sites como o Sensacionalista e Surrealista usaram a situação para fazer piadas, gerando vários comentários maldosos contra a Câmara e o Município.