Da Redação JM Notícia
Aconteceu nesta terça-feira (12) a audiência pública da Comissão de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transporte, Desenvolvimento Urbano e Serviço Público que debateu as cobranças abusivas cobradas pela BRK Ambiental no estado do Tocantins.
Presidida pelo deputado Eli Borges (PROS), os parlamentares receberam representantes da empresa, entre eles o diretor presidente da BRK, Denis Lacerda Queiroz, auditores, defensores públicos, representantes do Procon e outros profissionais que foram chamados para debater este tema tão importante para os tocantinenses que são cobrados de uma das mais altas taxas aplicadas no país.
O pedido de audiência pública partiu do deputado Osires Damásio (PSC), que apresentou todos os presentes no início da sessão que começou às 9h. Por mais de três horas, os valores cobrados pela BRK Ambiental e os diretores da empresa tentaram responder as dúvidas dos parlamentares.
Queiroz, defendendo a empresa, citou os investimentos realizados pela BRK e se colocou à disposição para discutir soluções sobre este impasse. “Contem comigo para que a gente possa trazer para o Estado o nível de serviço que ele merece”, declarou o diretor presidente.
Ao ser questionado sobre a participação da Odebrecht na BRK, Queiroz esclareceu que não há nenhuma participação, pois a parte da empresa foi vendida há alguns anos. Outro questionamento feito foi a cobrança de tarifas altíssimas para a população mais pobre, o diretor então explicou que a empresa trabalha com uma tarifa social que dá 61% de desconto nas tarifas de água.
A tarifa de 80% é cobrada em todos os municípios, independentemente do seu tamanho, ainda que não tenha uma implantação total do sistema de esgoto. “A tarifa do Tocantins, de forma alguma, está como a mais cara do Brasil. Volto a falar que nossa discussão aqui, tem que levar em conta não só o valor absoluto, mas também os investimentos e serviços de manutenção da empresa”, defendeu o empresário.
O deputado Eli Borges ficou feliz pela forma como a audiência foi conduzida, com muita ordem e educação de todas as partes envolvidas. Mas ao fazer suas considerações, o deputado declarou as diferenças de investimento nos municípios, ainda que todas as cidades paguem o mesmo valor de taxa. “Percebe-se que a cada dia os custos estão acima da inflação”, disse.
O parlamentar também questionou o pagamento de investimentos antes deles se concretizarem. “A empresa alega que há coerência na cobrança de taxa mínima, seria interessante ter a taxa máxima também”, completou.