Assim como nos meses anteriores, a arrecadação de tributos continuou em junho fortemente influenciada pela fraca atividade econômica verificada pela queda da produção industrial, vendas de bens e massa salarial.
Sem retomada da economia, a arrecadação de tributos federais registrou uma nova queda real, desta vez de 7,14% em junho ante o mesmo mês de 2015, totalizando R$ 98,129 bilhões. No semestre, o recuo, em termos reais, foi de 7,33%, somando R$ 617,257 bilhões.
Sem correção inflacionária, a receita com impostos e contribuições teve alta de 1,07% no mês e de 1,65% no semestre, informou a Receita Federal.
Considerando apenas as receitas administradas, o recuo real foi de 7,11% em junho e 6,75% no acumulado do ano, para R$ 96,291 bilhões e R$ 606,138 bilhões, respectivamente. Em termos nominais, houve alta, de 1,10% no mês e de 2,28% no semestre.
Praticamente todos os impostos apresentaram recuo na comparação com o mesmo mês de 2015. No caso do IRPJ/CSLL, a redução real em junho foi de 7,58%, somando R$ 9,567 bilhões. Já o Cofins/PIS-Pasep, o decréscimo foi de 8,45%, para R$ 20,777 bilhões. No caso do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), a queda foi de 15,22%, totalizando R$ 2,462 bilhões.
Outros destaques foram o Imposto de Importação/IPI Vinculado (28,38%); IOF (20,17%); IOF – Rendimentos de Residentes no Exterior (21,40%) e IPI – Exceto vinculado (14,30%).
No caso da receita previdenciária, os números estão sendo influenciados pela queda da massa salarial assim como o elevado patamar da taxa de desemprego. Em junho, a receita previdenciária somou R$ 30,525 bilhões, o que representa uma queda de 3,14% ante mesmo mês de 2015. Todos os valores estão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. Com informações Valor Econômico