Após uma onda de destruição que culminou em mais de 30 templos derrubados pelo Governo do Distrito Federal, gerando uma onda de indignação no país, Rodrigo Rollemberg, Governado do Distrito Federal levantou bandeira branca a favor das igrejas evangélicas no DF.
Na noite de sexta-feira (1º), o governador Rodrigo Rollemberg entregou três escrituras de terrenos. O evento foi realizado em um dos templos, na região de Ceilândia.
Com esses três, o número de locais regularizados no DF chega a 119 desde 2015. Para Rodrigo Rollemberg, o objetivo é dar suporte para as igrejas seguirem com as obras sem precisar se preocupar com a justiça.
“Queremos dar tranquilidade e segurança jurídica para que as igrejas possam fazer o trabalho delas. Com isso, vocês não serão importunados por ninguém – disse o governador aos fiéis durante o evento.
Os três terrenos foram adquiridos com o valor de mercado de 2006, mais correções monetárias. Tudo baseado na Lei Complementar nº 806, de 12 de junho de 2009, que visa a regularização de unidades ocupadas por entidades religiosas e de assistência social no Distrito Federal.
As instituições que receberam as escrituras nesta sexta-feira foram a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério das Américas, em Ceilândia; Igreja Evangélica Assembleia de Deus Monte Horebe, em Santa Maria; e do Ministério Igreja Evangélica Assembleia de Deus Filadélfia de Jesus, também em Ceilândia.
SAIBA
Em setembro deste ano, o bispo Manoel Ferreira, presidente vitalício da Assembleia de Deus Ministério de Madureira (CONAMAD), denunciou a ação do governo do Distrito Federal que demoliu um templo da Assembleia de Deus em Vila Planalto.
O bispo apareceu com uma equipe chegando ao local onde máquinas completaram o trabalho de demolição. Ferreira que é ex-deputado Federal então condenou a ação do governador.
“O que tem aqui é exatamente a força do mais forte”, declarou Manoel Ferreira. “Como o governo é forte, ele está derrubando tudo o que pertence aos mais pobres. Aqui é um bairro pobre, sem nenhuma possibilidade e infelizmente é isso que estamos vendo“, completou à época.
Segundo o bispo Ferreira, a igreja não foi notificada e não houve negociações. “É tudo feito na base do sufoco, impiedosamente”, declara o líder religioso de uma das maiores denominações evangélicas do país.