A 43ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) que definiria o próximo presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) ficou marcada nos anais da história das Assembleias de Deus no Brasil como uma das mais acirradas disputas pelo comando da entidade, que congrega mais de 90 mil ministros assembleianos.
Foram várias ações judiciais impetradas em todo país, pelo chamado “quinteto”, grupo de cinco advogados simpatizante ao pastor Samuel Câmara que resolveram, fiscalizar segundo eles, algumas arbitrariedades cometidas pela atual presidência da CGADB.
Entenda: Tudo começou nesta eleição, quando o pastor Antônio Carlos Lorenzetii de Mello, Presidente da Comissão eleitoral da CGADB, afirmou que pastor Wellington Júnior não poderia sair candidato, pois não tinha se desincompatibilizado da CPAD, para concorrer à presidência da CGADB.
De posse desse documento da própria CGADB, o pastor Efraim Soares de Moura ingressou com ação na Justiça do Estado do Goiás, afirmando que Wellington Júnior, não poderia se candidatar, tendo em vista o artigo 11, parágrafo único do Estatuto Social, do referido Estatuto estabelece que o diretor da CPAD não pode concorrer ao pleito da eleição de 2017.
Com base na ação de Efraim, o juiz de Direito da Comarca de Corumbá -GO, Levine Raja Gabaglia Artiaga, proferiu decisão liminar tornando nulo o registro de candidatura do pastor José Wellington Bezerra da Costa Júnior. Pastor Wellington Júnior recorreu e o Superior Tribunal de Justiça deferiu o registro do mesmo e determinou que o juízo de Madureira no Rio de Janeiro seria o responsável para dirimir as questões pertinentes a eleição.
A Justiça do estado de Goiás concedeu na época, liminar determinando o cancelamento 10.479 inscrições, que foram consideradas irregulares, pois estaria em desacordo com a resolução nº 01/2016 da CGADB, sob pena de multa de R$ 20 mil reais. Entre estas inscrições, estaria pastores mortos.
Juiz suspende eleição
Com o poder de decisão determinado pelo STJ, a justiça do Rio de Janeiro determinou a suspensão da eleição da CGADB que aconteceu no dia 09 de abril. Mesmo citado para suspender a eleição, a CGADB ignorou decisão judicial e prosseguiu normalmente a eleição.
Ás 18 horas daquele mesmo dia, a entidade postou no site oficial, que a eleição estava suspensa por determinação judicial, no entanto, por volta das 22 horas, a CPAD News publicou resultado afirmando que Wellington Júnior era o novo presidente da CGADB e que toda a chapa foi eleita. Em seguida, foi marcado a posse para a nova Mesa Diretora da CGADB, que no caso, seria para esta sexta-feira, 28.
Após ignorar várias decisões judiciais, a CGADB desistiu de dar prosseguimento a posse do pastor Wellington Júnior depois que o juiz titular Thomaz de Souza e Melo, da 1ª Vara Civil do Rio de Janeiro, manteve a decisão de suspender as eleições da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) que aconteceram em 9 de abril.
A convenção recorreu da decisão anterior alegando não ter recebido a intimação, porém o juiz citou nos autos que o documento foi assinado por Abiezer Apolinário da Silva (advogado) e Wilson Pinheiro Brandão (Vice-presidente da Comissão Eleitoral).
“Ora, não se pode exigir, tal como pretende a Requerida, que a única forma possível de intimação da CGADB seja através de seu presidente”, escreveu o juiz entendendo que impor essa condição seria um obstáculo para o cumprimento das decisões judiciais.
43ª AGO foi suspensa
De posse desta nova decisão, pastor José Wellington Bezerra da Costa decidiu suspender a 43ª AGO, nesta quinta, 27 e não prosseguiu com a posse da nova Mesa Diretora, conforme estava previsto.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou que seja realizado novas eleições marcou para o dia 4 de maio, às 14h, que as partes envolvidas nesse processo, e seus advogados, compareçam na 1º Vara Civil para “cooperar e auxiliar o Juízo na adoção de parâmetros técnicos que viabilizem a realização, o quanto antes, de novas eleições”.