Da redação
O Procon notificou nesta quinta-feira (18) o Faceapp, aplicativo que virou febre na internet por envelhecer os rostos dos usuários. Nos últimos dias, a ferramenta tem sido alvo de questionamentos quanto à sua política de privacidade.
De acordo com o diretor executivo do Procon, Fernando Capez, a preocupação é a de que o aplicativo faça uso indevido das imagens e dados dos usuários.
Também foram notificadas as empresas de tecnologia Google e Apple por disponibilizarem o aplicativo nas lojas oficiais. De acordo com o Procon, elas seriam corresponsáveis pelo potencial abuso do Faceapp.
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Até o momento o aplicativo já foi baixado por mais de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo. No entanto, os termos de uso e a política de privacidade da ferramenta passaram despercebidos pela maioria dos usuários:
É por meio dessas normas que o aplicativo explica aos usuários quais são as condições de utilização do serviço. Apesar de essenciais, elas estão todas em inglês.
O Faceapp, que tem endereços localizados nos Estados Unidos, Rússia e Panamá, afirma que não vende informações a terceiros, mas que pode compartilhar alguns dados com empresas parceiras.
Ainda de acordo com a ferramenta, os prestadores de serviços do aplicativo podem ter acesso às informações dos usuários conforme necessário.
O Procon aguarda agora um esclarecimento da empresa quanto à suspeita de coleta indevida de dados. O caso deve então seguir para a diretoria de fiscalização da Fundação para ser avaliado.
Caso seja comprovada a prática abusiva, Faceapp, Google e Apple podem ser multados em até R$ 10 milhões.