Teve conclusão na noite dessa quarta-feira, 26, o Hackathon de Araguaína – Cidade Empreendedora. O evento da Prefeitura em parceria com o Sebrae foi uma maratona que reuniu 180 participantes de 23 estados mais o Distrito Federal, entre hackers, programadores, desenvolvedores e inventores para criar projetos que transformem informações de interesse público em soluções digitais, acessíveis a todos os cidadãos.
Em Araguaína, as equipes vencedoras receberam uma premiação em dinheiro que varia entre R$ 5 mil para o terceiro colocado, R$ 10 mil para o segundo lugar e R$ 20 mil para a equipe com melhor avaliação. As soluções foram avaliadas por uma comissão de especialistas formada gestores, profissionais da área de tecnologia da informação e técnicos do Sebrae.
Além do prêmio, o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, informou que os três primeiros colocados serão contratados pela Prefeitura. “O Fila Certa, nós vamos usar no município já de imediato. O cadastro multifinalitário, que é uma ferramenta que criamos para mapear todas as demandas do Município, tem exatamente esta função, mas não tínhamos uma ferramenta para linkar e agora temos”.
Wagner também contou que pretende realizar um novo evento no próximo ano, com o dobro de premiação, e que irá avaliar todos os outros projetos enviados. “A intenção é identificar os gargalos do setor e proporcionar a adoção de políticas públicas e empresariais visando atração de novos investidores. Por isso, também vamos levar esses produtos para outras prefeituras avaliarem”.
Para a diretora técnica do Sebrae, Eliana Castro, a tecnologia e a inovação promovida pela tecnologia é um caminho sem volta. “Grande parte da economia é desenvolvida e sustentada em função desse posicionamento digital e da reinvenção promovida pela tecnologia. A gente observa uma redução tempo, uma promoção de soluções para problemas de décadas, de modo mais barato e mais eficiente”.
Pódio
A primeira colocação ficou com a equipe GEF, com o projeto Gota de Vida. O grupo levou em consideração a baixa adesão da população brasileira na doação de sangue e medula óssea e criou um produto para solucionar esse problema. O aplicativo é um canal de agendamento do procedimento, manutenção do contato com o doador, uma rede social para o assunto, entre outros incentivos.
Em segundo lugar ficou a equipe Tech JS, com o E-port, um aplicativo para aproximar microempresários e o microempreendedor individual das licitações públicas. O aplicativo pretende classificar por seguimento e enviar notificações ao público-alvo para participar das concorrências. “Conseguir organizar a ideia em pouco tempo e estruturar tudo para enviar é desafiador demais”, afirmou o araguainense Guilherme Andrade.
Já o terceiro classificado foi o time Rocket que construiu o Fila Certa, um aplicativo para agendamento e gerenciamento do tempo de espera para consultas nos serviços de saúde. O sistema ainda manda mensagens de notificação para os usuários para confirmar, cancelar ou remarcar a consulta, otimizando a agenda médica, entre outras funcionalidades.
Jornada
Foram 12 dias de imersão que tiveram 55 horas de metodologia, com palestras, oficinas, webnars e mentorias realizadas com atrações nacionais e internacionais. Ao todo, 39 referências na área de tecnologia se apresentaram aos grupos.
Os empreendedores puderam optar por 10 eixos diferentes de soluções. As apresentações foram em “pipth”, um modelo de mercado em que o desenvolvedor tem apenas três minutos para convencer os investidores de que têm um bom produto. Das 41 equipes inscritas, 28 conseguiram entregar os códigos dos aplicativos criados e os vídeos comerciais.
Wagner também contou que pretende realizar um novo evento no próximo ano, com o dobro de premiação, e que irá avaliar todos os outros projetos enviados