O ex-deputado federal e ex-líder da Frente Parlamentar Evangélica, pastor Hidekazu Takayama, já anunciou que vai voltar com as Cruzadas evangelísticas, que por cerca de 40 anos impactaram o Brasil e outros países onde foram realizadas. Em entrevista ao JM Notícia, o evangelista declarou que mesmo sabendo da importância de seu trabalho no Congresso, “se sente mais útil na Obra de Deus”.
Hidekazu Takayama já foi considerado um dos maiores pregadores do mundo e influenciou uma geração de novos pregadores com seus sermões evangelísticos.
“Ter crentes no Congresso, também é ser soldado. Só que no meu caso, acredito, estou em oração, sinto que serei mais útil na Obra de Deus”, disse Takayama.
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Cristãos bem representados
O pastor, hoje com 71 anos, afirmou que existe uma nova geração de congressistas cristãos “muito bem preparada (juridicamente e intelectualmente) para fazer esse serviço: ocupar as trincheiras do legislativo para proteger a liberdade religiosa neste país de 86.8% de cristãos”.
Ele explica que a Bíblia ensina que o povo de Deus deve ser simples como a pomba e prudente como a serpente (Marcos 10.16) e que devido a isso tem que estar na batalha espiritual de maneira incessante, mas sem deixar de lado o envolvimento na política social.
“É preciso lembrar, que há 2 lados nessa questão. O espiritual e o material…simples como pomba é o lado espiritual, mas a lição da ‘prudência de serpente’ mostra que tem que ser mais que “ter os pés no chão (lembrando que serpente nem tem pés. O corpo todo está no chão)”, pontua, fazendo essa analogia à necessidade de cristãos atuantes na política secular.
“A Igreja espiritual (representado pela pomba), é Deus quem cuida dela. É a Igreja invisível, mas a instituição, as denominações cristãs, somos nós que cuidamos. O lado prudência de uma serpente” destaca.
Ataques
Takayama alertou para uma corrente opositora aos cristãos no Brasil que busca cercear a liberdade deste grupo usando a bandeira do país laico.
“Há uma propaganda esquerdista – ateia dizendo que o país tem que ser laico. Mentira. A Administração, o governo tem que ser laico, mas o povo brasileiro é cristão. Segundo dados dos IBGE de 2015, somos 86,8% da população”, explica.
Para o pastor, o Governo não deve cair nessa falácia e proteger sim o pensamento da maioria cristão existente no país. “Assim como os governos dos países árabes respeitam o Islamismo/muçulmanos por serem maioria, o governo laico, brasileiro, tem que respeitar o pensamento da maioria cristã. Não queremos que essa maioria cristã exija, ou tenha, um governo de exceção, uma ditadura, mas, jamais iremos aceitar que uma minoria queira impor regras nesse país de vocação cristã.
Líderes que se vendem
Por último, o pastor lamentou que existam líderes evangélicos que se deixam levar por negociatas no período eleitoral em detrimento da segurança da liberdade religiosa de seu rebanho, quando voluntariamente trocam seus votos por coisas materiais.
“Meu pensamento: até no meio da nossa liderança/pastores há os que ‘trocam’ os votos pela sua influência. Manilhas na frente da Igreja, lajotas/pisos, janelas, bancos ou forros. Não entendem que mais que o embelezamento e conforto de seus templos, existe a liberdade, que permita o nosso povo estar protegido por uma legislação que lhe permita cultuar a Deus. E isso só é possível se tivermos representação no Congresso, onde cada segmento da sociedade protege seu segmento”, lamentou o Takayama.
“Não os crítico. Só me preocupo, pela visão “curtinha” de alguns. Eles, até podem alegar que têm maus deputados cristãos, mas isso não justifica não o apoiarem. Preferível ter um mal cristão, do que ter um ímpio, que “compra” o voto dos cristãos e depois, no Congresso, faz ou defende leis que vão contra os nossos princípios”, finalizou.
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